Reumo
          
          
            Diante dos imperativos oriundos da institucionalização e legitimação das práticas ambientais, esta pesquisa caracterizou a evidenciação de investimentos ambientais em empresas do Brasil que publicaram relatórios de sustentabilidade, seguindo as diretrizes da Global Reporting Initiative (GRI). Descritivo, documental e com abordagem qualitativa, recorreu-se à análise de conteúdo dos relatórios no grupo de 80 empresas que demonstraram seus investimentos ambientais por meio do indicador EN30, em 2012. Os resultados mostraram que (i) 50% das empresas brasileiras divulgaram investimentos ambientais por meio de seus relatórios de sustentabilidade; (ii) as empresas pertencem a diferentes setores, sendo na maior parte setores econômicos com potencial risco ambiental; são equitativamente segmentadas como listadas e não listadas em bolsa de valores; e majoritariamente possuidoras de níveis de aplicação entre A+ e B de relatórios de sustentabilidade; (iii) a preservação é a categoria que tem maior investimento ambiental e frequência de investimentos, seguida pelo controle e pela recuperação; (iv) há uma pseudocategoria, denominada “Outros”, com informação incipiente; (v) tanto setor econômico, como listagem e nível de aplicação do relatório podem ter impacto no investimento ambiental das empresas brasileiras. Conclui-se que o contexto organizacional brasileiro se mostra atento à antecipação de impactos ambientais e à busca pela legitimação.