Reumo
          
          
            Os resíduos de medicamentos enquanto resíduos de serviços de saúde têm seu gerenciamento bem consolidado frente à legislação, o que não ocorre com os resíduos de medicamentos que estão em poder da população. Nesse contexto, tais resíduos são descartados no esgotamento sanitário e no lixo comum, sendo potenciais contaminantes das matrizes ambientais. O descarte dos resíduos de medicamentos de origem domiciliar pode ser promovido pela logística reversa, onde este tipo de resíduo é devolvido ao setor empresarial para destinação final ambientalmente segura. A indústria e distribuição farmacêutica terão voz ativa no estabelecimento do Acordo Setorial para esse segmento. O objetivo desse estudo é identificar e descrever os obstáculos para a implementação e gerenciamento da logística reversa de medicamentos na percepção de representantes da indústria farmacêutica e da distribuição de produtos. Foi utilizada a análise de conteúdo proposta por Laurence Bardin. As categorias referentes aos obstáculos na percepção dos representantes pesquisados foram: falta de formalização da logística reversa específica para o segmento farmacêutico, educar a população, controlar os postos de entrega e os resíduos recebidos e direcionar recursos financeiros. Conhecer essas percepções torna-se muito importante na busca por soluções e na discussão acerca de alternativas viáveis tanto para a população, quanto para a indústria farmacêutica e sua rede distribuidora.