Reumo
O artigo analisa a relação entre responsabilidade social corporativa e criação de valor para os acionistas. Para tanto, a revisão bibliográfica que sustenta a investigação realizada discute os pressupostos por detrás da Teoria da Firma e os que sustentam a adoção da responsabilidade social por parte das corporações. Busca-se articular essas duas perspectivas, superando o suposto antagonismo que algumas abordagens e autores supõem existir. A pesquisa é natureza quantitativa, analisando empresas que compõem o Índice de Sustentabilidade da Bolsa de Valores de São Paulo (BOVESPA). Os resultados apresentados a partir da avaliação das ações que compõem o IBrX-50, representando 47 empresas (50 ações) e ISE representando 34 empresas (38 ações) e reduzindo a análise do IBrX-50 a 22 ações, uma vez que 28 são consideradas ações de empresas socialmente responsáveis, demonstra que vale a pena manter as práticas socialmente responsáveis, já que o retorno para os investidores tem compensando esse dispêndio adicional. Os resultados encontrados permitem entender a relação entre agregação de valor aos acionistas e a adoção da responsabilidade social corporativa, sem estabelecer relações de causa e efeito, mas efetivamente uma relação de mão dupla. Esses resultados podem inspirar novas investigações, sobretudo em setores marcados por conflitos socioambientais.