Reumo
As variáveis socioambientais tornaram-se decisivas para a sobrevivência de muitas organizações, inclusive de agentes econômicos, como bancos e seguradoras, já que seus negócios passaram a ser afetados por elas. Devido à automação bancária e à velocidade da evolução tecnológica, as instituições financeiras são grandes geradoras de resíduos eletrônicos, sendo significativos os danos causados pelo descarte incorreto desses materiais. Este artigo tem o objetivo de investigar como essas organizações estão implementando a educação ambiental corporativa voltada para o descarte de resíduos eletroeletrônicos. Para atingir esse objetivo, foi realizada uma pesquisa de caráter exploratório, com método qualitativo, por meio de um estudo de caso múltiplo com as quatro maiores instituições financeiras do país. As fontes de evidência utilizadas neste estudo foram pesquisa documental, observação direta e entrevistas em profundidade, baseadas em um roteiro semi-estruturado, com gestores de três áreas diferentes de cada banco. Os resultados da pesquisa apontam uma preocupação por parte das instituições financeiras, em relação à legislação e ao risco de imagem para os clientes, considerando que a conscientização dos funcionários sobre os riscos ambientais, por meio da educação ambiental corporativa, pode minimizar a possibilidade de eventos que comprometam a continuidade dos negócios.