Resumo

Título do Artigo

PROPOSTA DE MENSURAÇÃO DE METAS SOCIAIS: O Plano Agricultura de Baixa Emissão de Carbono (ABC)
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Tema

Sustentabilidade na economia e na contabilidade

Autores

Nome
1 - Priscilene Seixas
Universidade Federal do Pará - FACICON Responsável pela submissão
2 - José Luiz Nunes Fernandes
Universidade Federal do Pará - Universidade Federal do Pará

Reumo

O mundo dos negócios despertou para a necessidade de mensurar o retorno dos investimentos sociais. Enquanto a intervenção humana é comprovadamente uma das causas das alterações climáticas, o Plano ABC pode ser definido como um conjunto de ações que permitem reduzir ou evitar as emissões de gases do efeito estufa. O desafio é ter-se ferramenta que possibilite mensurar o investimento originado das metas sociais desenvolvidas pelas entidades econômicas. Essa metodologia é denominada de Impact Multiple of Money (IMM), o qual exprime o valor social como múltiplo do investimento.
Problema de pesquisa: Como os valores aplicados na linha de crédito Florestas Plantadas (FP), no período de 2013 a 2017, podem ser mensurados por meio da metodologia IMM? O objetivo da presente pesquisa é aplicar a metodologia IMM para estimar o valor financeiro do benefício social e ambiental gerado pela Tecnologia Florestas Plantadas (TFP) do Plano ABC no período de 2013 a 2017.
O mundo dos negócios está em evolução e a palavra da vez é sustentabilidade. A Contabilidade como ciência componente das ciências sociais aplicadas não pode ficar fora desse panorama sustentável, A Rise Fund é uma empresa de investimentos atuante nos EUA e possui também relações empresariais com as empresas de consultoria em impacto global TPG Grow e a Bridgespan Group, as quais propuseram medida de desempenho financeiro na avaliação do impacto social e ambiental, o processo é composto por seis passos que geram número intitulado de Impact Multiple of Money (IMM).
METODOLOGIA Para atingir o resultado proposto de mensuração do resultado social proposto pelo Rise Fund usou-se o programa denominado Florestas Plantadas (FP), nesse sentido buscou-se as fontes referentes ao Plano ABC e Programa ABC, explorando principalmente os sítios do governo federal, como o MAPA e da EMBRAPA, portanto usou-se dados secundários por meio de método documental (GIL, 2010). Também foi utilizado para mensuração da proposta o estudo âncora de autoria de Tiago Junqueira Roncon cujo objetivo foi estimar o valor ecológico de áreas de preservação permanente (RONCON, 2011).
Os seis passos sugeridos pelo modelo de mensuração de benefício social e ambiental foram aplicados e o Programa ABC financiou a adoção da Tecnologia Florestas Plantadas em 386.988 ha de terras, equivalendo a 5% do total de hectares plantados existentes no Brasil. A pesquisa obteve também como resultado 270.891 ha de áreas naturais preservadas, gerando o valor econômico estimado em R$ R$ 1.086.543.801,00. O resultado apontou que para cada R$ 1,00 investido em florestas plantadas essas geraram R$ 1,59 em valor de retorno social.
Como limitação ao presente estudo, destaca-se quão hodierno é o modelo e necessita de novos experimentos. Evidencia-se também que os autores arguem que, apesar do rigor que possa existir por trás do cálculo IMM, é possível que outro analista possa se basear em um estudo-âncora diferente, mas igualmente válido e que leve a um resultado bem diferente, portanto, nada está pronto e acabado, o que denota necessidade de novos estudos. Diante das limitações acima expressas sugere-se novos estudos e com outros estudos-âncoras com o intuito de testar, aprimorar, entender melhor essa proposta inovadora.
ADDY, C.; CHORENGEL, M.; COLLINS, M.; ETZEL, M. O cálculo do valor de investimento de impacto: uma forma de estimar o retorno social e ambiental com base em evidências. Harvard Business Review, v. 1, p.68-76, abr. 2019. ARAÚJO, A. C. P. de. Como comercializar créditos de carbono. São Paulo: Trevisan Editora Universitária, 2006. ARRUDA, P.A. Ética e Responsabilidade Social nos Negócios. Saraiva: São Paulo, 2002. BATTILANA, J.; PACHE, A.; SENGULE, M.; KIMSEY, M. Duas metas e um só manual. Havard Business Review, v.1 p.73-81, mar. 2019.