Resumo

Título do Artigo

SUSTENTABILIDADE SOCIOAMBIENTAL EM UMA EMPRESA DO SETOR CALÇADISTA
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Tema

Estratégia para a Sustentabilidade

Autores

Nome
1 - Letícia Hansen
Universidade Feevale - Universidade Feevale - Novo Hamburgo
2 - Cristiane Froehlich
Universidade Feevale - Instituto de Ciências Humanas e Sociais Responsável pela submissão

Reumo

A sustentabilidade socioambiental é uma estratégia que está se tornando presente tanto em microempresas quanto em empresas de grande porte. Diversas marcas, principalmente as internacionais, estão buscando ações para reduzir os impactos gerados e se posicionar no mercado, através da oferta de produtos e processos sustentáveis (Plentz & Tocchetto, 2014). Algumas empresas já alinharam suas estratégias e ações com foco socioambiental com o objetivo do negócio, missão e valores, para obter vantagem competitiva, aumentar sua reputação, gerar confiança, credibilidade e a fidelização de clientes.
As empresas do setor calçadista são altamente poluentes. Elas possuem a responsabilidade de implantar medidas para reduzir os impactos causados no meio ambiente e na sociedade, podendo introduzir, por exemplo, os conceitos de ecodesign nos produtos e processos, incluindo a busca pela ecoeficiência. Essa pesquisa objetiva verificar as ações socioambientais e a percepção dos líderes sobre a adoção dessas ações em uma indústria calçadista localizada na Serra Gaúcha – Rio Grande do Sul.
A sustentabilidade socioambiental empresarial pode ser caracterizada como um conjunto de políticas, práticas, rotinas e programas gerenciais que visam à implantação dos aspectos sociais, ambientais e éticos, em todos os níveis e operações do negócio, assim como para com os stakeholders (Aligleri, Aligleri & Kruglianskas, 2009). “É um investimento proativo no capital humano, meio ambiente e relação com as partes interessadas” (Aligleri et al., 2009, p. 17).
A pesquisa classifica-se como estudo de caso, descritiva, qualitativa e quantitativa. O objeto de estudo da pesquisa foi uma empresa calçadista, de grande porte. Os dados foram coletados por meio de entrevistas com os integrantes do comitê de sustentabilidade da empresa, documentos e aplicação de questionários para as lideranças. Os dados coletados passaram pelo processo de análise e interpretação, onde foram tabulados, resumidos, organizados e apresentados, para assim possuírem significado. Para isso utilizou-se a análise de conteúdo qualitativa e análise descritiva quantitativa.
Os principais resultados mostram que a sustentabilidade socioambiental possui relevância estratégica para a unidade estudada e que está sendo disseminada na empresa. A mesma possui em sua missão, visão e valores essa preocupação e investe em ações socioambientais por ser uma demanda para atrair e reter clientes. Com os questionários aplicados aos líderes dos níveis estratégico e tático da empresa foi possível confirmar que as ações socioambientais apresentadas pelos entrevistados e em documentos, são conhecidas pelos líderes da mesma.
A partir dos dados verificou-se que a calçadista atua com ações de sustentabilidade socioambiental para diminuir e evitar os impactos gerados e atender a demanda de seus clientes, para não perder a competitividade de mercado.Foram apresentadas as ações socioambientais adotadas pela empresa. Em relação às perspectivas dos líderes sobre as ações socioambientais verificou-se que eles possuem amplo conhecimento sobre essas ações da empresa e eles exercem um papel fundamental, pois servem de exemplo para os funcionários, possuem a responsabilidade de comunicar os principais resultados.
Berlato, L. F., Saussen, F., & Gomez, L. S. R. (2016). A sustentabilidade empresarial como vantagem competitiva em branding. Revista DAPesquisa, 11(15), 24-41. Borges, A. E. de A. et al. (2015). Sustentabilidade socioambiental: princípio fundamental para a obtenção do desenvolvimento nacional. Direito e Desenvolvimento, 6(12), 11-26. Froehlich, C. & Bitencourt C. C. (2016). Sustentabilidade Empresarial: Um Estudo de Caso na Empresa Artecola. GeAS: Revista de Gestão Ambiental e Sustentabilidade, 5(3), p. 55-71.