Resumo

Título do Artigo

ARTISTAS COMO AGENTES E ALVOS NAS DIMENSÕES DA SUSTENTABILIDADE: UM ESTUDO NO ESTADO DO CEARÁ
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Tema

Gestão de Pessoas e Sustentabilidade

Autores

Nome
1 - Marcio Henrique Alves Roberto
- Responsável pela submissão
2 - Francisco Roberto Pinto
- Programa de Pós-Graduação em Administração
3 - Fabíola Gomes Farias
-

Reumo

Diante da trajetória já traçada pelos estudos da sustentabilidade, reconhece-se de forma consistente na literatura a presença do Triple Botton Line (TBL), um tripé composto pelos pilares econômico, ambiental e social (Elkington, 1994). Observando que este modelo do tripé do desenvolvimento sustentável dialoga com diversas interfaces das organizações e entendendo o indivíduo, profissional liberal e autônomo, como um ser organizacional individual, encontra-se um entendimento de que os artistas, no exercício das suas atividades profissionais, constroem relacionamentos com vários públicos.
Diante do referencial levantado, se percebeu que os Artistas possuem diferentes relações nos aspectos econômicos, sociais e culturais da profissão. Esta pesquisa tem como objetivo compreender se e como os artistas percebem e aceitam o Triple Botton Line (TBL) e questiona qual a identificação destes profissionais com os pilares da sustentabilidade. De forma específica, busca entender como esses profissionais são sensíveis às dimensões: (1) econômica, (2) ambiental, (3) social do TBL, diante da vulnerabilidade suas carreiras.
o Triple Bottom Line (TBL) de Elkington (2001) ainda é o modelo mais utilizado nos estudos de sustentabilidade e, por isso, se torna o modelo a alicerçar este trabalho como norte teórico para análise do contexto a ser estudado, quando propõe o sincretismo das questões econômicas, sociais e ambientais para a práxis da sustentabilidade.
Foram entrevistados oito artistas através de um roteiro semiestruturado a partir da fundamentação teórica estabelecida, onde adotou-se uma abordagem qualitativa para o estudo de caso. Para análise dos dados foram realizado análise de conteúdo a partir das falas dos entrevistados.
Quanto aos resultados, pode-se caracterizar que os artistas como profissionais atribuem a suas atividades um maior papel do pilar social, ainda que em determinados pontos identifiquem os demais pilares da sustentabilidade.
Considera-se, assim, que os artistas apresentam maior sensibilidade às questões sociais e menor relevância as questões econômicas. Pode-se perceber, no contexto desta pesquisa, que existe um desequilíbrio entre os pilares da sustentabilidade, sendo assim, uma inexistência de uma atividade com desenvolvimento sustentável.
ELKINGTON, J. 2001. Canibais com garfo e faca. São Paulo, Makron Books, 444 p. BORGES, V.; COSTA, P. 2012. Criatividade e instituições: novos desafios à vida dos artistas e dos profissionais da cultura. Lisboa, Imprensa de Ciências Sociais, 212 p. MENGER, P. 2006. Artistic labor markets: Contingent work, excess supply and occupational risk management. Handbook of the Economics of Art and Culture, 1:765-811. SACHS, I. 2009. Caminhos para o desenvolvimento sustentável. Rio de Janeiro, Garamond, 96 p.