A Revolução Industrial provocou uma grande mudança na sociedade, não apenas de consumo, mas tecnológica, de negócios e investimentos. Foi um grande marco também na exploração e degradação de recursos naturais. Após quase 200 anos que as máquinas foram inventadas com o objetivo de poupar tempo do trabalho humano, vemos um grave efeito negativo no meio ambiente.
Esta mesma sociedade deve rever hoje seus hábitos de consumo, conscientizar-se sobre o que e quanto deve consumir e discutir ainda, o muito que se gasta com tecnologias, tantas vezes, sem favorecer o ser humano.
Vários são os problemas ambientais existentes no planeta. Problemas como poluição atmosférica, poluição das águas, queimadas e desmatamentos são cada vez mais frequentes e afetam a qualidade de vida do homem e também de outras espécies. A necessidade de investimentos empresariais para sanear estes problemas é real. No entanto, a empresas possuem base de cálculo ideal para os preços dos seus produtos que inclui a questão ambiental? Como é possível sensibilizar o mercado consumidos para auxiliar no custeio de uma proposta sustentável?
Conforme orienta Miguez (2012), os estágios do ciclo de vida que deverão ser levados em consideração são:
• Aquisição de matéria prima.
• Fabricação (processo).
• Empacotamento (embalagem), transporte e distribuição.
• Instalação e manutenção.
• Usos ou utilização.
• Fim de vida (residual).
Segundo Leff ( 2010 ), há o limite do crescimento, a ressignificação da produção e a construção de um futuro sustentável.
Cabe à educação ambiental, como processo político e pedagógico, formar para o exercício da cidadania, desenvolvendo conhecimento para gerar oportunidades aos cidadãos ( LUZZI, 2014).
Metodologia de pesquisa descritiva, com procedimento por meio de questionário, com pesquisa bibliográfica e exemplificação técnica para o tema proposto.
A nova formação de preço destinará 1,5% de todas as vendas do produto para investimento em projetos ambientais. No exemplo dado no artigo o valor correspondente a R$ 20,27 por produto vendido nas condições propostas será destinado a uma reserva financeira, ou fundo de investimento ao meio ambiente.
Notamos que a destinação de recursos obtidos na atividade empresarial, mesmo uma fração do preço de venda pode promover a sustentabilidade e garantir melhor qualidade de vida. A Gestão Ambiental ainda deve contemplar o cumprimento da Legislação Ambiental e ir além promovendo estudos de viabilidade técnica, econômica e ambiental para a sociedade. O momento é de decidir e escolher por onde nós vamos caminhar manter o princípio democrático e não de imposição, mas conversado.
COSTA, Carlos Alexandre Gehm. Contabilidade Ambiental, Mensuração, Evidenciação e Transparência. São Paulo: Editora Atlas, 2012.
DIAS, Reinaldo. Gestão Ambiental – Responsabilidade Social e Sustentabilidade. São Paulo: Editora Atlas, 2017.
DINIZ, Maria Cristina Tagliari. Práticas de Sustentabilidade na Indústria. São Paulo: Editora SENAI-SP, 2015.
LUZZI, Daniel. Educação ambiental e sustentabilidade. São Paulo: Ed. Manole, 2014.
MIGUEZ, Eduardo Correia. Logística Reversa como Solução para o Problema do Lixo Eletrônico – Benefícios Ambientais e Financeiros. Rio de Janeiro: Qualitymark Editora.