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Título do Artigo

O EFEITO DA PANDEMIA DO COVID-19 NO NÍVEL DE SOLVÊNCIA DAS EMPRESAS BRASILEIRAS DO AGRONEGÓCIO
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Palavras Chave

Pandemia COVID-19
Agronegócio.
Modelos de Insolvência

Área

Engema

Tema

Finanças Sustentáveis

Autores

Nome
1 - ANANIAS FRANCISCO DOS SANTOS
-
2 - Marcia Maria dos Santos Bortolocci Espejo
Universidade de São Paulo - USP - Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade

Reumo

Segundo a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) (2020), o ano corrente iniciou com a expectativa de melhora no cenário econômico, tanto nacional quanto internacional, porém as esperanças foram barradas pelo crescente aumento de infectados pela SARS-Cov-2 (COVID-19), trazendo de volta as medidas restritivas com a finalidade de evitar que o vírus infecte mais pessoas, as crescentes mortes e o colapso nos sistemas público e privado de saúde. Ainda, conforme dados do World Bank Group (BIRD) (2020), em 2021 há previsão do aumento da pobreza no mundo.
A partir da aplicação dos modelos de insolvências de Kanitz (1978), Elizabetsky (1976) e Matias (1978) é possível apontar se pandemia do Sars-CoV-2 causou efeitos negativos ou positivos na solvência das empresas do setor de agronegócio no Brasil?
No Brasil, o professor Stefhen Chales Kanitz, em 1974, enquanto era responsável pela elaboração da lista das quinhentas maiores e melhores empresas brasileiras da Revista Exame, desenvolveu o primeiro estudo de previsão de solvência brasileiro, que ficou conhecido como fator de insolvência ou termômetro de Kanitz (Kassai & Kassai, 1998). Roberto Elizabetsky desenvolveu em 1976 um modelo para decisão de crédito em bancos comerciais. Na oportunidade o autor utilizou a análise discriminante para um grupo de 373 empresas do ramo de confecções. Alberto Borges Matias desenvolveu um trabalho, em 1978
Segundo Sordi (2013), a população da pesquisa é entendida como um conjunto de elementos que possui as características desejáveis para o estudo. Nesse caso, foram selecionadas as 50 maiores empresas brasileiras do agronegócio, conforme publicada na Revista Forbes em 2020. Para o presente estudo, adotou-se como critério na seleção das empresas que participaram da amostra da pesquisa, as disponibilidades das Demonstrações Financeiras de 2019 e 2020 na lista das empresas da Bolsa de Valores (B3) oficial do Brasil.
Percebe-se na Tabela 6, que a empresa MARFRIG se destacou por ter sido a única, entre todas as empresas do agronegócio, insolvente nos três modelos de insolvência e no período 2019 e 2020. Com base nos modelos usados na pesquisa em comparação com os resultados obtidos e guardadas as particularidades de cada empresa da amostra, é importante destacar que o modelo de Kanitz (1978) deve ser observada com mais atenção, pois, apesar de ser utilizado para fins de previsão de falência, utiliza indicadores que são fundamentais numa análise econômico financeira.
Percebe-se dessa forma, que a pandemia do COVID-19 não causou efeitos significativos na capacidade de pagamentos das empresas brasileiras do agronegócio durante o período analisados, segundo esse modelo. Dessa forma, pode-se afirmar que a problemática da pesquisa foi respondida e que a hipótese levantada se confirmou. Ainda com base no resultado, pode-se afirmar que a pesquisa cumpriu o objetivo determinado visto que o resultado deixou evidente que as empresas do agronegócio na sua maioria foram impactadas positivamente e negativamente conforme os modelos de insolvências adotados na pesquisa.
Assaf Neto, Alexandre. (2020). Estrutura e análise de balanço: um enfoque econômico-financeiro. 12 ed. São Paulo: Atlas. Begalli, G. A.; Perez Júnior, J. H (2009). Elaboração e Análises das Demonstrações Contábeis. São Paulo: Atlas. Brandão, C. T; Rozo, J. D. (2008). Pesquisa operacional para decisão em contabilidade e administração. 2. ed. São Paulo: Atlas. Buainain, A. M.; Alves, E.; Silveira, J. M. D.; Navarro, Z. (2013). Sete teses sobre o mundo rural brasileiro. Revista de Política Agrícola, Brasília, v. 22, n. 2, p. 105-121.