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Título do Artigo

Avaliação Técnica, Econômica e Ambiental das Tecnologias de Controle de Emissões de Compostos Orgânicos Voláteis por meio de um Indicador de Eficiência de Custo Ambiental
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Palavras Chave

Ecoeficiência
Tecnologias de Controle
Compostos Orgânicos Voláteis

Área

Engema

Tema

Comunicação, Indicadores e Modelos de Mensuração da Sustentabilidade

Autores

Nome
1 - Vitor Maciel de Sousa Rodrigues
Universidade do Estado do Rio de Janeiro - UERJ - Faculdade de Engenharia
2 - Simone Lorena Quiterio de Souza
-

Reumo

Atualmente a poluição atmosférica se destaca como uma das maiores causas de doenças relacionadas à poluição ambiental no mundo. Nesse contexto, as emissões de Compostos Orgânicos Voláteis (COV) assumem uma importância significativa em decorrência de sua toxicidade e de seu papel na formação de poluentes secundários relevantes. O controle desses poluentes, entretanto, ainda representa um desafio expressivo, em virtude das limitações práticas ao seu tratamento e do elevado grau de complexidade associado à escolha das tecnologias de controle mais adequadas.
Com o objetivo de reduzir a complexidade associada à tomada de decisões, as particularidades das diferentes tecnologias de controle de COV vêm sendo abordadas sob a ótica do custo-benefício e desempenho ambiental. O presente trabalho se insere neste contexto, com o objetivo de abordar, por meio de um indicador de ecoeficiência específico, a relação entre as dimensões técnica, econômica e ambiental dessas tecnologias, utilizando para isso o cálculo do indicador de Eficiência de Custo Ambiental (ECA) a partir de dados operacionais coletados na literatura sobre o tema.
As tecnologias de controle de COV englobam a adsorção, absorção, condensação, separação por membranas, biofiltração, plasma, oxidação térmica, catalítica e fotocatalítica. Baseando-se em princípios de aplicação destrutivos ou recuperativos, cada uma dessas tecnologias é marcada por particularidades específicas, com aspectos ambientais distintos. Assim, enquanto algumas possuem uma maior eficiência na remoção de COV, outras se destacam pelo reduzido consumo de recursos ou geração de resíduos, sendo a sua escolha variável de acordo com cada contexto específico (EMIS, 2020).
Por meio de uma pesquisa bibliográfica embasada foram coletados dados referentes aos aspectos técnico, econômico e ambientais de seis tecnologias de tratamento de COV. Para a condução da pesquisa bibliográfica foram adotadas palavras-chave e critérios de inclusão e exclusão específicos. Os dados obtidos foram padronizados e empregados para o cálculo de um indicador de ECA, a partir de equações adaptadas de Zhao, Zhang e Bai (2020) e Hellweg et al. (2005).
Os resultados obtidos indicam que as tecnologias oxidativas avaliadas apresentam os melhores desempenhos ambientais, enquanto a biofiltração se destaca pelo baixo desempenho ambiental decorrente de sua limitada eficiência na remoção de COV. Considerando os valores de ECA, entretanto, a tecnologia de biotrickling se apresentou como a mais vantajosa, obtendo o maior impacto ambiental positivo pelo menor custo.
A análise dos dados permitiu a quantificação dos aspectos ambientais de cada tecnologia, fornecendo valores representativos que caracterizam o seu desempenho ambiental e custo econômico. Por meio da comparação entre os valores de ECA foi possível identificar as tecnologias prioritárias em um cenário de crescimento verde, fornecendo subsídio para a tomada de decisões e disseminando um instrumento metodológico simples e de fácil aplicação.
EMIS. LUSS. Disponível em: https://emis.vito.be/en/bat/tools-overview/luss. Acesso em: 16 set. 2021. HELLWEG, S.; DOKA, G.; FINNVEDEN, G.; HUNGERBÜHLER, K. Assessing the Eco?efficiency of End?of?Pipe Technologies with the Environmental Cost Efficiency Indicator. Journal of Industrial Ecology, v. 9, n. 4, p. 189-203, 2005. ZHAO, X.; ZHANG, C.; BAI, S. Eco-Efficiency of End-of-Pipe Systems: An Extended Environmental Cost Efficiency Framework for Wastewater Treatment. Water, v. 12, n. 2, p. 454, 2020.