Reumo
A busca crescente pela sustentabilidade nos espaços rurais em Santa Catarina tem incentivado a diversificação econômica por meio da inserção de atividades não agrícolas, como o turismo rural, que contribui para a geração de renda e emprego nas comunidades locais e é necessário o cuidado e olhar para a sustentabilidade. O termo sustentabilidade ganhou relevância global em 1987 com o trabalho da Comissão Brundtland, sob a chancela da ONU, que definiu desenvolvimento sustentável como: o processo de garantir o atendimento às necessidades do presente, sem comprometer a capacidade das futuras gerações de atender as próprias necessidades e aliado a essa sustentabilidade a responsabilidade social. A responsabilidade social envolve iniciativas voluntárias de organizações e cidadãos que visam ao bem-estar e ao desenvolvimento da sociedade e do meio ambiente (Parente et al, 2023). A sustentabilidade rural de acordo com Pelin (2024), ocorre em pequenos municípios que exploram oportunidades ao integrar a agricultura familiar com o turismo. Para tanto, o objetivo do estudo é desenvolver a ferramenta SAST voltada a sustentabilidade ambiental e Social em empresas de turismo rural. A pergunta norteadora é: Como situam-se as empresas de Turismo Rural, quanto a Sustentabilidade Ambiental e Social? A aplicação do SAST em municípios da Grande Florianópolis, SC, tem o propósito a avaliar e integrar a sustentabilidade nas atividades de turismo rural. Justifica-se, pois, em Santa Catarina, há nove territórios dedicados ao turismo rural(RIMT, 2020) que incluem: Encantos do Quiriri, Encantos da Serra Geral, Grande Florianópolis, Litoral, Regional Vale dos Imigrantes, Serra Catarinense, Serra Rio do Rastro, Vale das Nascentes e Vale das Tradições. Esses municípios contribuem com riqueza para o turismo rural. Por exemplo, em Encantos do Quiriri há o agroturismo que inclui Corupá, São Bento do Sul, Campo Alegre e Rio Negrinho, onde propriedades oferecem experiências turísticas com, bem como preservam as tradições locais e estão localizados nas áreas interioranas da Grande Florianópolis. Como a proposta é de gerenciamento, utiliza-se o conhecimento do método GAIA como ferramenta de auxílio na avaliação da sustentabilidade e monitoramento do desempenho ambiental e social das organizações, com uma lista de verificação, fornecendo o conhecimento para uma gestão ambientalmente responsável. O instrumento divide-se em critérios e subcritérios que permitem uma análise detalhada do desempenho organizacional. As práticas positivas são classificadas como "verde", indicando conformidade com os princípios de sustentabilidade, enquanto aquelas que requerem melhorias são marcadas como "vermelho". Perguntas que não se aplicam à realidade da organização são "amarelas". Atrelado ao GAIA soma o Sistema Contábil Gerencial Ambiental – SICOGEA que analisa a gestão ambiental. O SICOGEA é baseado na contabilidade ambiental e controladoria, para gerenciar os impactos ambientais, valorizando o meio ambiente, por meio de processos produtivos, preocupados com a sustentabilidade e competitividade da empresa rural (PFITSCHER, 2004). Todas etapas com uma abordagem integrada e sistemática para a sustentabilidade e a competitividade no mercado. Na sequência trata-se dos procedimentos e encaminhamentos da trajetória metodológica. Na metodologia, o estudo é de natureza aplicada, com abordagem do problema é qualitativa, com objetivos é descritiva, com procedimentos de estudo de caso, coleta de dados é bibliográfica, documental e entrevista estruturada para obter informações necessárias à pesquisa e a análise dos dados se deu por meio da interpretação dos critérios e resultados da mensuração, em consonância com o referencial teórico. A trajetória metodológica divide-se em três fases: A primeira é a Revisão Teórica de temas, a segunda é Análise dos Resultados que trata sobre o turismo Rural em SC, e por fim a terceira fase consiste na Proposta de Modelo de Gestão – 5W2H, destinada a pequenas propriedades rurais, baseada na análise realizada e no cálculo de sustentabilidade (PFITSCHER, 2004). Os resultados e discussão apresenta um breve histórico de empreendimento, a lista de verificação com critérios em relação aos: Fornecedores, Sustentabilidade Ambiental, Sustentabilidade Social e, Disposição de Capital. O turismo rural, aliado à valorização dos produtos e recursos locais, se consolida como uma estratégia eficiente para o desenvolvimento regional sustentável. A problemática deste estudo fica resumida na seguinte questão-problema: Como situam-se as empresas de Turismo Rural, quanto a Sustentabilidade Ambiental e Social? Verifica-se que na Empresa de Turismo Rural pesquisada, seus gestores conhecem apenas algumas situações de conformidade legal e a sustentabilidade Global obteve o resultado de 43,75%, considerado Deficitário. Para responder a questão-problema tem-se o objetivo do estudo é desenvolver a ferramenta SAST voltada a sustentabilidade ambiental e Social em empresas de turismo rural. O SAST, foi realizado a partir do SICOGEA e para este estudo apresenta-se a primeira fase da terceira etapa. Foram realizados alguns critérios, como amostragem. O critério Fornecedores apresentou 66,66%, considerado Regular, Sustentabilidade Ambiental, 30%, Deficitário, Sustentabilidade Social, 62,50%, Regular e por último, Disposição de Capital, 25,50%, Deficitário.Conclui-se vom base neste status quo, pode ser sugerido um Plano Resumido de Gestão Ambiental, 5W2H, para cada critério deficitário. Ressalta-se também que os gestores tem interesse em proporcionar aos seus clientes e ao mundo uma melhoria nesta área. Para futuros trabalhos sugere-se: Realizar estudo comparativo com outras empresas do mesmo ramo do estado de SC. Realizar estudo comparativo com outras empresas do mesmo ramo de outros estados brasileiros. Realizar estudo com o SAST na sua totalidade.