Reumo
As Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Básica reconhecem a importância de contextualizar os conhecimentos escolares às realidades das/os estudantes, a fim de facilitar a aprendizagem (Brasil, 2013). Assim, ao levar para a sala de aula temáticas relevantes para a sociedade, como desmatamento, crise energética, mudanças climáticas, entre outros, há uma oportunidade de estabelecer conexão entre as ações cotidianas das/os estudantes e sua responsabilidade como contribuintes e possíveis agentes de transformação desses fenômenos. Essa abordagem, através da investigação situacional, pode motivá-las/os e engajá-las/los a aprender sobre esses temas e aplicar esse conhecimento em suas próprias vidas, comunidades e na sociedade como um todo (De Moraes e Taziri, 2019).
Por outro lado, a situação socioeconômica e energética da atualidade, que impulsiona para uma transição energética justa e inclusiva, somada aos fenômenos planetários resultantes da ação humana e das transformações tecnológicas, apontam para uma nova postura no pensar e agir. Neste sentido, acredita-se que uma prática educacional contextualizada pode promover a participação ativa de estudantes na busca por novos padrões de atitudes ou renovação de seus princípios voltados para a sustentabilidade. Assim, ela se configura como um compromisso motivador e intrínseco, que se traduz em sensibilização, ao invés de algo obrigatório e mecânico.
O projeto de iniciação científica Energizar: a educação energética para a transformação social, foi concebido neste contexto e faz parte do portfólio de projetos do Programa Interdisciplinar de ensino, pesquisa e extensão "Olhos no Futuro", que tem como principal objetivo promover a sustentabilidade energética como meio para alcançar o trabalho decente e a proteção da infância e juventude, bem como promover o desenvolvimento econômico, social e ambiental de forma justa e equilibrada, através da sensibilização de estudantes para a importância do uso consciente dos recursos naturais e energéticos, formando cidadãs/ãos mais conscientes e engajados, como verdadeiros agentes de transformação em sustentabilidade energética. Como forma de efetivar o alcance do objetivo busca desenvolver competências-chave para a construção de uma comunidade sustentável, formando as/os agentes de transformação, capazes de difundir os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU, 2015), com foco no ODS 7 - energia acessível e limpa, alinhado aos 4 - educação de qualidade, 8 - trabalho decente e crescimento econômico e 17 - parcerias.