Resumo

Título do Artigo

Contaminantes Emergentes em Águas Brutas e Tratadas no Brasil: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA DA LITERATURA
Abrir Arquivo

Tema

Gestão Ambiental

Autores

Nome
1 - Raquel Alves Pessanha
-
2 - Mariângela Dutra de Oliveira
-
3 - Maria Elisa Meirelles Sizote
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Espírito Santo - Ifes - Vitória Responsável pela submissão

Reumo

Sabe-se que a água é um pilar fundamental para o desenvolvimento socioeconômico e ambiental da sociedade, sendo o elemento que mais interfere na saúde humana. Além disso, também age como veículo transmissor de poluentes químicos e patógenos, podendo representar risco à saúde para os indivíduos que entrem em contato direto ou que a consumam. (DE SOUZA et al, 2022). A água que atende aos padrões de potabilidade, estabelecidos na Portaria 888/2021 do Ministério da Saúde (BRASIL, 2021), e esteja adequada para o consumo humano sob o ponto de vista da legislação, pode estar conter poluentes que ainda não foram inseridos na legislação e que representam perigo à saúde humana (SOARES, SOUZA E SOUZA, 2019). A USEPA (United States Environmental Protection Agency) elucida esses poluentes como “contaminantes emergentes”, isto é, substâncias pretendentes à regulamentação, embora ainda não tenham sido regulamentadas nem contempladas em programas de monitoramento de rotina no mundo (DE SOUZA et al, 2022). Os contaminantes emergentes preocupam e atraem a atenção da comunidade científica devido à sua ampla utilização no dia a dia da população, visto que estão contidos na composição de cosméticos, plastificantes (microplásticos), produtos de uso e higiene pessoal (cremes e protetores solares), compostos farmacêuticos ativos (antibióticos e hormônios), fertilizantes, defensivos agrícolas e em drogas ilícitas (GONÇALVES, 2012). A presença destes contaminantes ocorre, sobretudo, por meio da ingestão/uso e, posteriormente, metabolização e excreção pelo homem (GONÇALVES, 2012). O destino da excreta é o esgoto doméstico, o qual é tratado e o efluente lançado no corpo hídrico receptor. Entretanto, os tratamentos primário e secundário de esgoto são insuficientes para remover completamente os contaminantes emergentes, acarretando, por conseguinte, na contaminação do corpo hídrico receptor (rios e reservatórios). Esses são usados como manancial de água bruta para o abastecimento público, com transferência desses compostos para as Estações de Tratamento de Água que também não são capazes de remover completamente esses contaminantes (FARTO et al., 2019). Neste contexto, para a manutenção da qualidade de vida humana e dos ecossistemas, notadamente os hídricos, urge a necessidade de investigar, reunir, avaliar e sintetizar os estudos existentes sobre estas substâncias deletérias presentes em águas destinadas ao consumo do homem, visto que se trata de um assunto ainda com muitas lacunas a serem preenchidas. À vista disso, a presente pesquisa objetiva realizar uma Revisão Sistemática da Literatura procurando explicar e analisar pesquisas nacionais e internacionais, publicadas entre 2015 e 2024, sobre a investigação e avaliação de contaminantes emergentes em águas brutas e tratadas para consumo humano no Brasil.