Resumo

Título do Artigo

DESASTRES NATURAIS COMO CATALISADORES DE ESG: OPORTUNIDADES E DESAFIOS PARA EMPRESAS
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Tema

Responsabilidade Social Corporativa

Autores

Nome
1 - Ramon Machado de Miranda
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO - UFRJ - PPGCC Responsável pela submissão
2 - Yara Consuelo Cintra
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO - UFRJ - PPGCC / FACC

Reumo

Desastres naturais, como enchentes, incêndios florestais e pandemias, frequentemente causam danos devastadores às comunidades e economias. Entretanto, esses eventos também podem funcionar como uma janela de oportunidade para que as empresas fortaleçam suas práticas de Environmental, Social and Governance (ESG). Este ensaio explora a ideia de como os desastres naturais podem catalisar mudanças nas estratégias de ESG das empresas, promovendo um equilíbrio entre os objetivos financeiros e a responsabilidade social. A questão central que o ensaio busca responder é se os desastres naturais estimulam, de fato, as empresas a adotar práticas ESG mais robustas ou se essas iniciativas são apenas uma resposta superficial para preservar a imagem e atender às pressões do mercado. No contexto de uma crise, as empresas são frequentemente colocadas sob os holofotes e espera-se que respondam com ações concretas para mitigar os danos sociais e ambientais. Ao agirem de maneira proativa, as empresas conseguem fortalecer sua reputação e obter uma maior conexão com consumidores e investidores que priorizam a sustentabilidade. Por outro lado, o ensaio também discute os dilemas éticos associados a essas iniciativas, questionando se as ações de ESG em tempos de crise são motivadas por um compromisso genuíno com o bem-estar social ou simplesmente por uma necessidade de melhorar a imagem pública. A discussão se aprofunda ao abordar o papel das empresas na recuperação pós-desastre e até que ponto essas intervenções podem ser vistas como estratégicas em vez de sinceras. Além das oportunidades, o ensaio examina os desafios que as empresas enfrentam ao buscar implementar práticas de ESG eficazes durante crises. Aspectos como infraestrutura inadequada, limitações institucionais e expectativas divergentes dos stakeholders podem dificultar a adoção dessas iniciativas. Empresas que atuam em regiões de alta vulnerabilidade muitas vezes enfrentam dificuldades para conciliar as ações de desenvolvimento sustentável no cenário pós-crise. Concluindo, o estudo argumenta que desastres naturais, apesar de sua devastação, oferecem uma oportunidade singular para as empresas demonstrarem liderança em ESG, contribuindo não só para o desenvolvimento sustentável das comunidades afetadas, mas também para a resiliência e competitividade a longo prazo. No entanto, é crucial que essas ações sejam genuínas e que as empresas tenham clareza quanto às suas motivações para evitar a percepção de que estão aproveitando as crises apenas para melhorar sua imagem sem efetividade de ações. A colaboração transparente entre empresas, governos e comunidades surge como um ponto fundamental para o sucesso dessas iniciativas.