Reumo
          
          
            Diversas empresas do Vale do Aço (Minas Gerais) fabricam orelhões, reservatórios (caixas d’água, piscinas, banheiras etc.), barcos e até mesmo partes de conjuntos habitacionais feitos de polímero reforçado com fibras de vidro (fiberglass). Contudo, as propriedades intrínsecas e termofixas deste material dificultam a reutilização de seu resíduo, gerando anualmente toneladas de produtos inacabados. Com isso, foi observado pelas empresas que seria necessário o reaproveitamento das aparas do material, com intuito de uma reciclagem estável. Este trabalho teve como objetivo substituir porcentagem da areia pelo pó do resíduo fiberglass no concreto autoadensável (CAA), compósito tecnológico e versátil que oferece aos seus usuários alta fluidez, resistência a segregação e habilidade passante. Foram analisadas as propriedades do CAA no estado fresco e endurecido, observando a variação de suas características reológicas e mecânicas. O CAA com adição de 5% de resíduo teve sua trabalhabilidade reduzida nos ensaios espalhamento (slump test), T500 e Caixa-L (L box test). Em contrapartida, ofereceu maior resistência à compressão nas duas idades medidas.