Reumo
O Brasil ocupa a quarta posição mundial de artigos de vestuário, a quinta entre produtores de manufaturas têxteis da década (ABIT, 2013), com 1,5 milhão de empregos e 33 mil empresas formais (folha UOL, 2014) perdeu 20 mil postos de trabalho e 5% desempenho (ABIT, 2015) o que permite questionar a sustentabilidade socioeconômica do setor: Qual o valor adicionado pela Indústria de Tecidos, Vestuário e Calçados no Brasil pós-crise financeira e a destinação da riqueza criada? A pesquisa analisa o valor adicionado pela Indústria de Tecidos, Vestuário e Calçados, no Brasil pós-crise financeira, verificando a destinação da riqueza, com ênfase nas companhias da MF&BOVESPA de 2008 a 2014. O estudo é descritivo, quantitativo, longitudinal com uso de indicadores contábeis da DVA (FIPECAFI, 2013). Os resultados revelaram um setor com alta produção de riqueza (95%) a partir da própria força de trabalho, capaz de agregar 45% da sua receita como valor adicionado. O negócio de R$3,2 bi (PL) e R$8,2 bilhões (vendas), quase triplicou. A indústria adicionou e distribuiu valor para o acionista (13% em média) e empregados (29%). Esse resultado permite afirmar a sustentabilidade sócio econômica pela performance do setor apresentada após crise e na adversidade desencadeada pela concorrência internacional.