Reumo
O presente estudo tem por objetivo analisar se existe uma relação estatisticamente significativa entre a taxa de retorno e a alocação de recursos em investimentos ambientais de empresas que compõem o Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) da BM&FBovespa, no período de 2005 a 2014. Foi realizada uma pesquisa quantitativa de caráter descritiva, por meios de investigação bibliográfica e documental. Utilizou-se da técnica estatística de regressão linear múltipla para realizar a análise de quatro equações propostas na metodologia, que visam identificar a relação entre a Taxa de Retorno - medida pelo ROA (Retorno sobre os Ativos Totais) e ROE (Retorno sobre Patrimônio Líquido) - e Investimentos Ambientais anuais e defasados. Os resultados obtidos em três das quatro equações propostas, apresentam uma relação negativa e estatisticamente significativa entre a variável investimento ambiental e as taxas de retorno. Diante disso pode-se inferir que o investimento ambiental está negativamente associado às taxas de retorno (ROA e ROE), e reforça o argumento da teoria dos shareholders, de que esta relação é negativa, pois as responsabilidades ambientais, em alto nível criam custos adicionais para as empresas deixando-as em desvantagem econômica em relação às demais que possuem menos ações e práticas desse tipo.