Reumo
Este estudo investigou a proposição de que a participação de empresas nos índices de sustentabilidade nas bolsas de valores promoveria o desenvolvimento de ativos tangíveis e intangíveis. A revisão sistemática de literatura revelou contradições a respeito dos resultados corporativos da participação nos índices de sustentabilidade. Foram encontrados artigos que realizaram estudos bastante semelhantes, investigando o mesmo mercado de valores regional, mas que apresentaram resultados antagônicos. Um total de 15 casos indicaram resultados neutros (9) ou negativos (6) para a participação das empresas nos índices de sustentabilidade. Ainda assim, a maior parte da literatura científica sobre o assunto encontrou associações positivas entre melhoria nos ativos corporativos e a participação em índices de sustentabilidade. O ganho mais recorrente em ativos tangíveis foi o financeiro (24 casos) e, a melhoria mais frequente quanto aos ativos intangíveis foi com relação à reputação das empresas (8 casos). Entretanto, é preciso esclarecer que a maioria dos estudos propôs-se, desde o começo, a analisar apenas os retornos financeiros das empresas, o que certamente introduz um viés nos resultados da revisão sistemática. Além dos ganhos financeiros, foram identificadas associações entre a participação nos índices de sustentabilidade e melhorias em todas as categorias investigadas de ativos tangíveis e intangíveis.