Resumo

Título do Artigo

ANÁLISE DE RENTABILIDADE ENTRE O CULTIVO DE ARROZ IRRIGADO E CULTIVO DE ARROZ SEQUEIRO
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Tema

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Autores

Nome
1 - Keila Prates Rolão
Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) - Responsável pela submissão
2 - Renato de Oliveira Rosa
Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) -
3 - LEONARDO FRANCISCO FIGUEIREDO NETO
Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) - Universidade Federal de Mato Grosso do Sul

Reumo

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, 2018) avalia o cultivo de arroz (Oryza sativa L.) no Brasil, sendo o maior produtor e consumidor mundial de arroz entre os países não asiáticos, produziu 7,21 milhões toneladas deste cereal na safra 2015/2016. Na safra 2016/2017, a produção de arroz no Rio Grande do Sul assume relevante papel em termos de produção que apontam uma área total de 1.100,7 milhões de hectares plantadas (CONAB, 2018). Nesta área, que equivale a 41% do total nacional, são colhidos mais de 55 % da produção de arroz do Brasil (CONAB, 2018).
Diante do exposto, surge como proposta de pesquisa analisar, mediante um estudo de caso, a comparação dos custos na produção de arroz em sistema irrigado e sistema sequeiro. Sendo assim, questiona-se: Qual sistema de cultivo apresenta maior rentabilidade para o produtor de arroz: irrigado ou sequeiro? O objetivo deste trabalho é analisar os custos no sistema irrigado e sequeiro de forma a mensurar a rentabilidade para o produtor de arroz, em duas riziculturas localizadas no Mato Grosso do Sul.
Para Crepaldi (2012), ao administrador rural perfazem as tarefas de tomar decisão como o quê produzir, a quantidade de produção, maneiras de produção, controlar os procedimentos envolvidos e avaliar os resultados. No entanto, muitos estudos têm sido realizados sobre a competitividade da cadeia produtiva do arroz no Brasil, mas poucos trabalhos se pautam nas tomadas de decisões (COUTINHO; CHAVES, 2009).
O estudo de caso foi desenvolvido com um produtor de arroz o qual possui duas riziculturas com cultivares distinto: sistema irrigado e sistema sequeiro favorecido. A propriedade integrada pelo sistema irrigado está localizada em Miranda/MS, com área total de 3.900 hectares sendo a única atividade econômica da fazenda a produção de arroz. No município de Rio Brilhante situa-se a rizicultura em sistema de sequeiro favorecido, com área total de 2.375 hectares, o sistema de cultivo adotado é o rotacionado com soja e milho.
No sistema irrigado, os valores encontrados dos pontos de equilíbrio contábil, financeiro e econômico demonstram eficiência produtiva e a capacidade do produtor honrar todos os seus custos fixos. Desta maneira, o ponto de equilíbrio contábil, financeiro e econômico corresponde 23 sacas, 31 sacas e 121 sacas, respectivamente, para cobrir as despesas do plantio irrigado. O sistema sequeiro deve aumentar sua receita em 42% para alcançar o ponto de equilíbrio econômico e honrar seus custos fixos e variáveis, sem auferir lucro.
Sendo assim, este trabalho contribuiu para demonstrar a possibilidade de planejar a produção de rizicultura baseada na rentabilidade de cada sistema de cultivo, irrigado e sequeiro, visto que cada um tem preços de venda distintos, e da mesma maneira, requer cuidados diferenciados. Entretanto, o custo fixo do sistema irrigado é de R$ 1.919,31 considera-se elevado quando comparado com o sistema sequeiro R$ 1.388,24.
HOFER, E., & SCHULTZ, C. A. Mensuração de Custos na Suinocultura. Anais do Congresso Brasileiro De Custos, Guarapari, ES, Brasil, 10. 2003. IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. 2017. Levantamento sistemático da produção agrícola. Disponível: https://www.ibge.gov.br/. Acesso em: 19 de janeiro, 2018. GITMAN, Lawrence J. Princípios de administração financeira. 2 ed. Porto Alegre: Bookman, 2001. CREPALDI, Silvio A. Contabilidade rural: uma abordagem decisorial. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2012.