Resumo

Título do Artigo

DIAGNÓSTICO PARTICIPATIVO: Um Modelo para Planejamento Estratégico de bairros rumo às Cidades Sustentáveis
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Tema

Cidades sustentáveis e inteligentes/smart cities

Autores

Nome
1 - André Roese
Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT) - Responsável pela submissão
2 - Greyce Bernardes de Mello Rezende
Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT) -

Reumo

Durante um longo período de tempo o planejamento estratégico foi um instrumento utilizado unicamente por empresas, com o objeto de qualificar suas ações e melhorar o processo decisório. No entanto, percebeu-se sua eficiência no contexto de atuação da gestão e planejamento dos bairros e cidades, buscando melhorias nas dimensões (ambiental, social, política, urbana e econômica). Assim, no decorrer deste artigo estão apresentadas as ferramentas que podem ser utilizadas como fontes de diagnóstico e reestruturação das cidades, que se inicia com a possibilidade de um modelo de gestão participativa.
O presente estudo se fundamentou a partir do seguinte problema de pesquisa: Até que ponto o planejamento estratégico e a Agenda 21 local contribuem para o desenvolvimento de bairros sustentáveis. Este artigo tem como objetivo elaborar uma leitura técnica participativa com base na Matriz FOFA para definir instrumentos que viabilizem o diagnóstico e a construção de um modelo de gestão de bairros sustentáveis.
O alicerce teórico apresentado neste artigo aponta conceitos que subsidiaram o alcance do objetivo geral traçado. Assim, a revisão da literatura foi dividida a partir dos seguintes temas: planejamento estratégico; matriz swot e fofa; planejamento urbano no Brasil e seus instrumentos; plano diretor e agenda 21 local; planejamento estratégico urbano; etapas para elaboração do planejamento estratégico urbano e bairros como planejar. O planejamento estratégico é uma forma de estabelecer as metas a longo prazo e, se utilizar dos instrumentos disponíveis que permita alcançá-las.
A metodologia utilizada na pesquisa quanto à natureza pode ser classificada como aplicada, quanto à abordagem do problema, a pesquisa foi executada de forma qualitativa exploratória-descritiva (GIL, 2010). O estudo foi realizado no Município de Rondonópolis-MT. Para levantamento e coleta de dados utilizou-se a Agenda 21 local do Município de Piracicaba-São Paulo como modelo. O estudo foi realizado junto à União Rondonopolitana de Associação dos Moradores de Bairros (URAMB). associação possui 102 bairros e para fins de estudo utilizamos 14 bairros como amostra.
Na dimensão meio ambiente às principais ameaças encontradas no diagnóstico mostrou que o aquecimento global, queimadas, foram as mais expressivas. Na dimensão social a falta de apoio e verbas para manutenção dos espaços culturais é apresentada como ameaças. A dimensão política traz como oportunidade o oferecimento de oficinas de planejamento estratégico e diagnóstico participativo. A baixa participação popular na construção do planejamento urbano, a inexistência de canais de discussão do plano diretor, são as principais fraquezas da dimensão urbana.
De forma resumida aponta-se que a busca por soluções para os problemas urbanos está na elaboração e cumprimento das normas e legislações presentes. Existem propostas e projetos, mas, não são executadas e nem fiscalizadas, deixando a população à mercê de infraestrutura básica. Assim, nesse estudo de caso concluiu-se a importância do diagnóstico participativo para a elaboração da Matriz FOFA. A importância dessa ferramenta é observada a partir da identificação de que diversas empresas e prefeituras municipais se utilizam do Planejamento Estratégico e a Agenda 21 como instrumentos de gestão.
FARR, Douglas. Urbanismo sustentável: desenho urbano com a natureza. Porto Alegre-Rio Grande do Sul: Bookman, 2013; GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2010; KOTLER, Philip. Administração de marketing: análise, planejamento, implementação e controle. 5. ed. Trad. Ailton Bomfim Brandão. São Paulo: Atlas, 1998; LACOMBE, Francisco; HEILBORN, GILBERTO. Administração: princípios e tendências. São Paulo: Saraiva, 2014; VARGAS, Heliana Comin. Gestão de áreas urbanas deterioradas. In: PHILIPPI JR., Arlindo (Coord.). Curso de gestão ambiental. Barueri-SP.