Resumo

Título do Artigo

Sistemas elétricos eficientes, inteligentes e sustentáveis: Realidades e perspectivas
Abrir Arquivo

Tema

Cidades sustentáveis e inteligentes/smart cities

Autores

Nome
1 - Renard Lopes Villas Boas do Lago
Universidade Nove de Julho Uninove - Memorial / Universidade Nove de Julho
2 - Alexandre de Oliveira e Aguiar
Universidade Nove de Julho - Responsável pela submissão

Reumo

No contexto de se atingir maior eficiência na gestão da energia elétrica, surge o tema das redes elétricas inteligentes, capazes de reconhecer e corrigir falhas, inserir novos equipamentos, defesas de ataques externos, combater problemas qualidade na energia, integrar fontes alternativas, minimizar o impacto ambiental, aproveitar monitoramento remoto e melhorar a competitividade no mercado de energia (Falcão, 2010a). Fortes et al. (2017) descreveram que as redes elétricas inteligentes devem levar em conta também aspectos ambientais, socioeconômicos, políticos e regulatórios.
Há necessidade de entender o que é um sistema elétrico inteligente e que este não se limita apenas a aplicação de tecnologia ou um equipamento específico, englobam processos e pessoas inteligentes, bem como analisar o meio a qual se aspira implementar uma rede inteligente. Este trabalho se propõe a discutir essa temática com base em literatura, buscando organizar e descrever elementos de um sistema elétrico inteligente do ponto de vista conceitual e quais elementos técnicos e práticos existem, e suas implicações para que as cidades sejam inteligentes e sustentáveis.
Existem vários conceitos de cidade inteligente. Em geral esses conceitos abarcam, em alguma medida, o conceito de sustentabilidade. Para Giffinger e Gudrun (2010) uma cidade inteligente se baseia em: ambiente inteligente; economia inteligente; população inteligente; governança inteligente; mobilidade inteligente; vida inteligente. Gomes et al 2017) argumentam que uma cidade inteligente e sustentável precisa apresentar projetos sustentáveis, implantar áreas verdes, tecnologias e utilizar de maneira adequada saneamento básico, sistemas de transportes e fontes mais limpas de energia.
O trabalho é de cunho teórico e bibliográfico. A bibliografia foi buscada na base Scopus e no histórico de leituras dos pesquisadores. Foi feita análise de conteúdo dos textos, separando-se aqueles que apresentavam as características desejáveis de um sistema elétrico inteligente, os métodos e tecnologias disponíveis e os desafios. As informações mais importantes foram organizadas em quadros, abordando os vários elementos do sistema elétrico: marco teórico, geração de energia, transmissão e distribuição.
Embora ainda haja desafios relativos a eficiência, a confiabilidade, a economicidade dos equipamentos componentes de sistemas elétricos inteligentes, estão presentes com frequência os desafios de coletar e divulgar informações sobre as redes em si, os consumidores e a disponibilidade de energia; os recursos financeiros e como viabilizar do ponto de vista econômico, e também aspectos de governança. Do ponto de vista tecnológico se destacam os desafios relativos a automação de sistemas e à ampliação de capacidade de processamento de dados.
Para se ter um sistema elétrico eficiente, inteligente e sustentável que corresponda com as particularidades de cada local, a literatura apresenta a importância de estudar o ambiente o qual este sistema será inserido, determinar as tecnologias a serem inseridas, e assegurar que exista compatibilidade com o meio o qual será implantado, de forma a proporcionar qualidade, confiabilidade e segurança. São necessários investimentos em pesquisa e desenvolvimento visando projetos de qualidade; por outro lado é preciso buscar meios de retorno para os investidores.
Gomes, F. M. et al. (2017). Songdo: Inteligente e Sustentável?In: I Simpósio Brasileiro Online de Gestão Urbana, 2017, Nenhuma (Online). Anais de I Simp Bras Online de Ges Urb. Tupã - SP: ANAP, 2017. p. 192-207 Giffinger, R., & Gudrun, H. (2010). Smart cities ranking: an effective instrument for the positioning of the cities? ACE: Arch. City and Env., 4(12), 7–26. Fortes, M. Z., et al. (2017). Análise da Adoção de Medidores Inteligentes. Engevista, 19(2), 316–327. Falcão, D. M. (2010a). Integração de tecnologias para viabilização da smart grid. III Simp Bras Sist Elétr., 1–5.