Resumo

Mesmo com a premissa do desenvolvimento sustentável e a legislação pertinente, algumas empresas ainda delegam de maneira relapsa a questão da reciclagem do material de lâmpadas fluorescentes. A reciclagem dessas lâmpadas por todos seus fabricantes e empresas que as comercializam pode ser um desafio, ainda mais se tratando do Brasil, um país onde não se cogitou a respeito da contaminação ambiental por metais pesados até a década de 1990. Com enfoque na logística reversa, custos dos processos e da adequação à gestão do fluxo de materiais na cadeia de suprimentos podem aumentar.

Portanto, o estudo seguinte será fundamentado em um levantamento bibliográfico e em uma pesquisa qualitativa para estudar os processos que são realizados por uma empresa que realiza a reciclagem de lâmpadas, tendo como objetivo apresentar os processos da reciclagem do material de lâmpadas fluorescentes e salientar a adequação da gestão do fluxo de materiais dentro da cadeia de suprimentos através da logística reversa, baseando-se em sua legislação. A empresa Naturalis Brasil está situada no estado de São Paulo e concedeu uma proveitosa visita técnica aos autores.

Mesmo com diversas formas de reciclagem, resíduos de lâmpadas geralmente são descartados incorretamente. É muito importante que empresas deem a devida atenção no momento de adequar seus processos para atender seus fins econômicos sem prejudicar o meio ambiente, assumir uma responsabilidade de fins não só absolutamente lucrativos e comprometimento com os outros setores da sociedade pode ser bastante vantajoso. Para o cumprimento das obrigações legais a serem observadas pelas transportadoras de resíduos perigosos durante a Logística Reversa, há normas de órgãos como ABNT e CETESB.

Para este artigo foi realizada uma pesquisa exploratória, todos os dados foram averiguados com foco qualitativo. Na sequência da pesquisa inicial com consequente estudo da proposta, foi realizada uma análise in locus com uma visita técnica a uma empresa brasileira que recicla lâmpadas fluorescentes, onde foi possível observar na prática o que foi encontrado na literatura sobre o assunto e comprovar detalhes a respeito. Aliado a isso, foi realizado um levantamento bibliográfico sobre o tema. Com isso, foi possível um estudo teórico que possibilitou uma adequada análise dos dados coletados.

Observa-se ainda uma falta de comprometimento acerca dos brasileiros. Com o passar dos anos as leis ambientais tornaram-se mais restritivas e punitivas para que o meio ambiente seja preservado e que deve ser cumprido por todas as empresas que exerçam essa atividade. As exigências são rigorosas e os órgãos responsáveis fiscalizam com rigor. Também existe uma discussão a respeito de se enviar todo o material proveniente da destruição de lâmpadas fluorescentes para o aterro sanitário ou buscar meios de provar que esses resíduos são inertes e podem ser reaproveitados através da reciclagem.

Sugere-se que sejam realizados novos trabalhos na área com o enfoque nos limites toleráveis e permitidos de níveis de radiação segundo a legislação brasileira. Tal estudo teria a intenção de apresentar os níveis que são permitidos de radiação aos seres humanos e fazer uma comparação com os níveis apresentados pelos resíduos sólidos oriundos da destruição de lâmpadas. Também é interessante uma revisão de pesquisas acerca das possibilidades de reciclagem, visando encontrar uma alternativa aperfeiçoada que torne os materiais descartados em novos meios, que lhe dê novos e eficientes fins.

ANTT. AGÊNCIA NACIONAL DE TRANSPORTE TERRESTRE. Resolução nº 5232/17, de 16 de dezembro de 2017. . Acesso em: 15 de março de 2018. BACILA, D. M.; FISCHER, K; KOLICHESKI, M.B. Estudo sobre reciclagem de lâmpadas fluorescentes. Eng. Sanit. Ambient. 2014, vol.19, n.spe, pp.21-30. Disponível em: . Acesso em: 18 de agosto de 2018.