Resumo

É inegável que a mulher aos poucos foi incorporada dentre os meios de produção, inicialmente, não por um lugar de direito, mas sim por conveniência e necessidade. Essa incorporação no mercado de trabalho surgiu ocasionalmente, por questões situacionais, como o advento da 1º e 2º Guerras Mundiais. A crescente presença das mulheres em postos de trabalho antes ocupados somente por homens, mostra o avanço do posicionamento da mulher nas últimas décadas. Mas ainda a representatividade das mulheres em cargos de gestão de topo é escassa e muitas vezes precária.

Quais os obstáculos para as mulheres alcançarem a liderança em altos escalões nas organizações brasileiras? E o que se pretende com este artigo é atender ao objetivo geral de pesquisa que se define em identificar quais são esses obstáculos que as mulheres enfrentam no mercado atual e entender qual a razão pela qual o mercado atual apresenta esse cenário.

O ingresso da mulher no mercado de trabalho trouxe grande impacto nas relações culturais, familiares e sociais das comunidades. Isto devido a grandes mudanças sociais que envolvem transformações nas expectativas de vida pessoal, nas relações familiares, independência financeira, etc. Foi também a partir dos anos 70 que a mulher passou a ter maior participação no mercado de trabalho brasileiro, graças aos movimentos feministas, apoiados por vários movimentos sindicais. Já nos anos 80, com a criação da CNMT, na CUT, houve a expansão de atividades sindicais voltadas para as trabalhadoras.

As entrevistas ocorreram com 4 mulheres, ocupando cargos de Diretoria, em empresas do ramo de prestação de serviços, no estado de São Paulo, em de outubro de 2016. Conforme roteiro de entrevista estabelecido, obtiveram-se informações acerca do perfil das entrevistadas, a visão que estas possuem da participação feminina no mercado de trabalho, o planejamento da carreira da mulher, as competências necessárias e o papel da mulher em cargos de liderança e seus pontos de vista sobre os obstáculos enfrentados pelas mulheres para alcançarem cargos de liderança nas organizações brasileiras.

Os resultados confirmam que as mulheres, ainda sofrem com a discriminação de gênero, mesmo sendo valorizadas pelo seu intelecto, existe uma resistência quanto a ocupar cargos de diretoria, o estigma que a mulher não é braço forte, não tem o poder de tomada de decisões, é muito presente. Outro obstáculo é a questão da maternidade, onde se entende que a mulher, por causa dos filhos, supostamente não daria conta de conciliar sua vida profissional e pessoal. As entrevistadas afirmam que essa ideia é incorreta, visto que a maioria formou uma família e conciliam os dois aspectos sem problemas.

Os resultados confirmam que as mulheres, ainda sofrem com a discriminação de gênero, mesmo sendo valorizadas pelo seu intelecto, existe uma resistência quanto a ocupar cargos de diretoria, o estigma que a mulher não é braço forte, não tem o poder de tomada de decisões, é muito presente. Outro obstáculo é a questão da maternidade, onde se entende que a mulher, por causa dos filhos, supostamente não daria conta de conciliar sua vida profissional e pessoal. As entrevistadas afirmam que essa ideia é incorreta, visto que a maioria formou uma família e conciliam os dois aspectos sem problemas.

ALVES, Bruno Franco; GUIMARAES, Marina Oliveira. A inserção da mulher no mercado de trabalho brasileiro: direitos, desigualdades e perspectiva. Revista Augustus, Rio de Janeiro, vol. 14, 2009. ASSIS, R.H. A Inserção da mulher no mercado de trabalho. Disponível em Acesso em 23 Jun 2016. CARVALHO NETO, Antonio Moreira de; TANURE, Betania and ANDRADE, Juliana. Executivas: carreira, maternidade, amores e preconceitos. RAE electron. [online]. 2010, vol.9, n.1. ISSN 1676-5648. http://dx.doi.org/10.1590/S1676-56482010000100004.