Resumo

Título do Artigo

LOGÍSTICA REVERSA DE RESÍDUOS PERIGOSOS: ANÁLISE DO CANAL REVERSO DE RECUPERAÇÃO DE BATERIAS AUTOMOTIVAS NA CIDADE DE TERESINA
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Tema

Gestão ambiental

Autores

Nome
1 - Maria de Jesus Mesquita de Sousa
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PIAUI - UESPI - Responsável pela submissão
2 - helano diogenes pinheiro
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PIAUI - UESPI -

Reumo

A logística reversa de resíduos sólidos de pós-consumo visa reciclar ou dar uma destinação final ambientalmente correta para um determinado bem ou produto. No Brasil, a política de tratamento só ganhou impulso após a promulgação da Política Nacional de Resíduos Sólidos, que institui a responsabilidade compartilhada e obriga as empresas que trabalham com resíduos sólidos perigosos a desenvolver um Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos. A política reversa conta ainda com a resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente 401 de 2008, impõe limites dos compostos presentes em uma bateria.
A logística reversa de pós-consumo possui relevância na temática ambiental, recolher resíduos sólidos após o esgotamento energético, no caso de pilhas e baterias é responsabilidade do fabricante, estendendo-se pelos demais atores da cadeia até chegar ao consumidor final. A pesquisa norteia-se sobre o seguinte questionamento, como a cadeia reversa de baterias inservíveis pode ser sincronizada com o canal de distribuição direto? Estabeleceu-se o seguinte objetivo para responder ao questionamento, analisar o processo de retorno de baterias automotivas inservíveis na cidade de Teresina.
Os resíduos sólidos possuem características que os classificam como tais, a saber: a patogenicidade, a inflamabilidade, a corrosividade e a reatividade (BRASIL, 2010). Dias (2012, p. 26), conceitua logística reversa “ela deve ser feita desde o local do consumidor final até ao local inicial de origem”. Os canais de distribuição compreendem todo o trajeto que um determinado bem ou produto percorre desde a sua fabricação até a chegada no consumidor final (LEITE, 2009). Mutha e Pokharel (2008), as atividades que tratam da reciclagem, manufatura ou descarte ambientalmente correto.
Na condução do trabalho, definiu-se a pesquisa como descritiva, com o intuito de relatar o envolvimento dos intermediários e as características do processo de construção do canal reverso das baterias inservíveis. Para análise do canal reverso, considerou o sistema composto pelos intermediários do canal, seguindo a estratégia do estudo de caso (Yin, 2015), de forma a obter uma análise mais ampla e profunda do objeto em análise. Entrevistou-se 05 gestores pertencentes aos intermediários do canal, dois representam o distribuidor e três a nível de varejo.
Então, a análise sobre o processo de retorno de baterias automotivas inservíveis tenta alinhar os mesmos intermediários do canal direto para adotar a prática de reter e encaminhar as baterias inservíveis nos mesmos canais, considerando a quantidade equivalente de resíduos. É imprescindível o estabelecimento de comunicação entre os atores participantes do canal de distribuição, assim como, a conscientização dos usuários.
O estabelecimento de sincronia entre a cadeia reversa de baterias inservíveis e o canal de distribuição direto somente poderá ser consolidado após a conscientização dos atores que compõem toda a cadeia de suprimentos, envolvendo o consumidor final que é peça fundamental no andamento do programa. A partir da criação de parcerias no canal distribuição direto, fortalecer o vínculo para instituir a logística reversa de baterias inservíveis. A execução de atividades deve ser acompanhada da comunicação e consentimento entre os atores da cadeia direta e reversa.
DIAS, Marco Aurélio. Logística, transporte e infraestrutura: armazenagem, operador logístico via TI, multimodal. São Paulo: Atlas, 2012. LEITE, Paulo R. Logística reversa: meio ambiente e competitividade. 2. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2009. MUTHA, Akshay; POKHAREL, Shaligram. Strategic network design for reverse logistics and remanufacturing using new and old product modules. 2008. Disponível em: . Acesso em: 12 jun. 2018. YIN, Robert K. Estudo de caso: planejamento e métodos. 5ª. ed. Porto Alegre: Bookman, 2015.