Resumo

Título do Artigo

SETORES PRIVILEGIADOS PELAS ESTRATÉGIAS DE RESILIÊNCIA URBANA DAS CIDADES MEMBROS DO PROGRAMA R100
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Tema

Cidades Sustentáveis e Inteligentes / Smart Cities

Autores

Nome
1 - ANGELA MÁRCIA DE ANDRADE SILVA
UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - Escola Politécnica Responsável pela submissão
2 - José Célio Silveira Andrade
UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - Universidade Federal da Bahia - UFBA
3 - Andréa Cardoso Ventura
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4 - Angélica Fabíola Rodrigues Prado
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5 - Amanda Campos Nascimento
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Reumo

Desafios diante de cenários de urbanização, desigualdade, mudanças climáticas e do aumento da expectativa de vida exigem das cidades conhecimento sobre riscos nos seus sistemas e ações positivas em prol do incremento da resiliência urbana. Este estudo sobre ações e setores privilegiados nas Estratégias de Resiliência de 17 cidades participantes de quatro redes transnacionais, objetiva facilitar a disseminação da informação sobre ações em curso. O compartilhamento de conhecimentos poderá contribuir para inspirar a implementação de efetivas ações em prol do clima em outras cidades.
Diante destes cenários, pergunta-se: Quais os principais setores privilegiados pelos documentos de Estratégias de Resiliência das cidades participantes do Programa R100? Este artigo objetiva classificar as ações estratégicas das cidades participantes da R100 e outras três redes, visando a identificar os principais setores privilegiados por estas ações para incremento da resiliência urbana. Apresenta-se, desta forma, diferentes modos de ação escolhidos pelas cidades para embasar sua atuação frente ao desafio da adaptação às mudanças climáticas, conferindo maior resiliência ao tecido urbano.
Resiliência urbana refere-se à capacidade do sistema urbano manter ou retornar às funções em face de perturbação, adaptando- se à mudança (MEEROW et al, 2016). Evidencia-se assim relação entre resiliência, e ações de adaptação. Giddens (2010) define a construção da resiliência como a capacidade não apenas de resistir a mudanças, mas também agir forma ativa e positva. O conhecimento sobre ações que podem ser planejadas e adotadas previamente, contribuirá para a resiliência.
Elegeu-se, entre as 51 cidades com estratégias de resiliência publicadas no site do R100 no período de abril 2015 até fevereiro de 2019, as 17 cidades que participavam, além do R100, de no mínimo mais três redes internacionais. Construiu-se base de dados com as ações previstas e/ou realizadas. Foi feita análise de conteúdo, classificando as ações ali mencionadas em 13 setores, quais sejam: social, planejamento urbano, risco e emergência, economia, educação e cultura, mobilidade, florestas e recursos hídricos, pesquisa e desenvolvimento, energia, saúde, resíduos, habitação e indústria.
Os resultados obtidos através da Ánalise de Conteúdo, apontam para 13 setores mais privilegiados com ações estratégicas das cidades estudadas, quais sejam: social 23,53%, planejamento urbano 14,48%, risco e emergência 12,67%, economia 9,95%, educação e cultura 8,37%, mobilidade 7,69%, florestas e recursos hídricos 5,20%, pesquisa e desenvolvimento 3,51%, energia 3,51%, saúde 3,39%, resíduos 3,05%, habitação 2,71%, indústria 1,92%. A classificação elaborada traz o número de ações em cada setor, continente e cidade.
Há maior frequência em ações voltadas para o Social. A matriz usada com o olhar sobre Saúde e Bem Estar, Economia e Sociedade, Liderança e Sociedade e Infraestrutura e Meio Ambiente possibilita análise que aponta questões sociais, planejamento urbano e riscos (segundo e terceiro setores mais privilegiados pelas ações). Pesquisas adicionais são necessárias sobre desenvolvimento da estratégia e implementação de ações (com indicadores) que dependem da realidade local. Além disto, sugere-se estudo para confrontar estes resultados com fontes de emissão de GEE, por setor e cidade.
FUJII, H., IWATA, K., & MANAGI, S. How do urban characteristics affect climate change mitigation policies? Journal of Cleaner Production, 168, 271–278, 2017. Disponível no site: https://doi.org/10.1016/j.jclepro.2017.08.221 MEEROW, S.; NEWELL, J. P.; STULTS, M. Defining urban resilience: A review. Landscape and urban planning, v. 147, p. 38-49, 2016. STEHLE, F. et al. The effects of transnational municipal networks on urban climate politics in the Global South. Urban Climate Politics: Agency and Empowerment, v. 1, n. 1, p. 210, 2019.