Resumo

Título do Artigo

IMPACTO DOS INDICADORES EMPRESARIAIS FINANCEIROS E NÃO FINANCEIROS NO CUSTO DE CAPITAL EM INSTITUIÇÕES BANCÁRIAS
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Tema

Indicadores e modelos de mensuração da sustentabilidade

Autores

Nome
1 - Nayana de Almeida Adriano
Universidade de Brasília - Contabilidade
2 - Adriano David Monteiro de Barros
Universidade Federal do Oeste da Bahia - Centro Multidisciplinar do Campus de Luís Eduardo Magalhães
3 - Márcia Martins Mendes De Luca
Universidade Federal do Ceará - UFC - Universidade Federal do Ceará
4 - Alessandra Carvalho de Vasconcelos
Universidade Federal do Ceará - UFC - Universidade Federal do Ceará Responsável pela submissão

Reumo

Os indicadores empresariais, classificados em financeiros e não financeiros, são instrumentos que se caracterizam para avaliar e controlar os processos organizacionais, uma vez que criam padrões de desempenho a serem alcançados (Marquezan, Diehl, & Alberton, 2013). Destaque-se que a evidenciação de indicadores empresariais demonstra uma maior transparência da companhia junto aos analistas de mercado e investidores, contribuindo para sua maior credibilidade e redução do custo de capital (Passos, Almendra, Luca, & Vasconcelos, 2017).
O custo de capital é uma importante informação para subsidiar decisões de investidores no mercado e é vital para as instituições financeiras, pois o setor exerce uma atividade de intermediação de recursos que movimenta fortemente a economia (Pinheiro, Savoia, & Securato, 2015). Sob esse contexto, e considerando a relevância dos indicadores empresariais para o mercado de capitais, o objetivo geral desta pesquisa é analisar o impacto dos indicadores financeiros e não financeiros no custo de capital de instituições bancárias listadas na B3 S. A. – Brasil, Bolsa, Balcão.
Indicadores empresariais são importantes porque fornecem transparência sobre a performance da firma e impactam o seu custo de capital. O desempenho, medido por indicadores financeiros e não financeiros, garante suporte ao processo decisório e pode influenciar a geração de valor da firma e diminuição do custo de capital (Duarte, Ventura, & Martins 2016). Entende-se, assim, que há uma relação entre o desempenho financeiro e não financeiro dos bancos e o seu custo de capital, pois os indicadores contribuem para a transparência da gestão e os investidores ficam mais seguros com relação ao risco.
Trata-se de uma pesquisa descritiva, de natureza quantitativa, realizada por meio de pesquisa documental. A amostra da pesquisa reúne 17 bancos e 48 observações, analisando-se o período de 2015 a 2017, representando 68% dos bancos com ações negociadas na B3. Foi realizada uma análise de clusters com a finalidade de agrupar os bancos no tocante aos indicadores financeiros e não financeiros, utilizando-se o método k-means. Em seguida, utilizou-se a análise de regressão linear múltipla para se verificar a influência dos indicadores financeiros e não financeiros no custo de capital dos bancos.
Os resultados sugerem que o mercado capta o aumento do índice de Basileia como um aumento do custo de capital e o índice de alavancagem, que apresenta coeficiente negativo, revela que quanto maior o índice de alavancagem menor o custo de capital. Quanto aos indicadores não financeiros, o turnover apresenta uma relação negativa com o custo de capital e o Índice de Reclamação, uma relação positiva, sugerindo que quanto maior o Índice de Reclamação maior o custo de capital dos bancos. Ressalta-se que o indicador variação de clientes não se mostrou significante para o custo de capital dos bancos.
Os indicadores financeiros (Índice de Basileia e Alavancagem) contribuem de forma relevante para o custo de capital dos bancos. De modo semelhante, constata-se que os indicadores não financeiros (Índice de Reclamação e turnover) contribuem de forma significativa para o custo de capital dos bancos. Os resultados comprovam que o desempenho de alguns dos indicadores estudados são importantes para a gestão e pode influenciar o custo de capital dos bancos organização (Lucianetti, Jabbour, Gunasekaran, & Latan, 2018).
Marquezan, L. H. F., Diehl, C. A., & Alberton, J. R. (2013). Indicadores não financeiros de avaliação de desempenho: análise de conteúdo em relatórios anuais digitais. Contabilidade, Gestão e Governança, 16(2), 46-61. Passos, L. C., Almendra, R. S., Luca, M. M. M., & Vasconcelos, A. C. (2017). Disclosure of market risks and cost of capital of companies. Revista de Administração e Contabilidade da Unisinos, 14(3), 169-184. Pinheiro, F. A. P., Savoia, J. R. F., & Securato, J. R. (2015). Basileia III: impacto para os bancos no Brasil. Revista Contabilidade & Finanças, 26(69), 345-361.