Resumo

Título do Artigo

CAPITAL SOCIAL: FORÇA MOBILIZADORA EM COMUNIDADES LOCAIS AMAZÔNICAS
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Tema

Estudos da amazônia

Autores

Nome
1 - THELMA JAKLINY MARTINS ARRUDA
UNIR-UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA -
2 - ELIANE ALVES DA SILVA
Fundação Universidade Federal de Rondônia (UNIR) - PPGA - PORTO VELHO Responsável pela submissão
3 - Eugenio Avila Pedrozo
-
4 - Tania Nunes da Silva
Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS - escola de administração

Reumo

A maior parte dos modelos de desenvolvimento comunitário sustentável enfatiza a importância da participação generalizada da comunidade no processo de tomada de decisão, como forma de aumentar os esforços para criar estruturas mais sustentáveis e aumentar o estoque local de capital social. O desenvolvimento sustentável da comunidade é definido como um desenvolvimento que integra a tomada de decisão ecológica, social e econômica.
As comunidades amazônicas que residem em Unidades de Conservação, apresentam características únicas, como o desenvolvimento de atividades agroextrativistas, dentro do megabioma amazônico a ser protegido. Essa condição é a razão para se propor, no presente ensaio teórico, um framework para análise multidimensional de desenvolvimento sustentável de comunidades amazônicas, em Reservas de Desenvolvimento Sustentável (RDS), baseado na força mobilizadora do capital social.
Como forma de trabalhar as comunidades locais, propõem-se adotar a análise de sistemas sociais por meio da visão Luhmanniana de diferenciação sistema/ambiente, mas o foco está na abordagem de capital social, como fator mobilizador (mecanismo de redes), que possibilita o desenvolvimento sustentável local, englobando suas dimensões: cognitiva (significados compartilhados entre atores); relacional (canais de informações entre os níveis relacionais – individual, coletivo e institucional); estrutural (fluxo de informações por meio das funções – bonding, bridging e linking).
Diferentemente de outros ensaios teóricos, adiciona-se uma proposta metodológica de Design Thinking - DT, que permite captar a diversidade de escolhas das atividades a serem desenvolvidas e a forma para organizar a sua discussão.
A estrutura analítica é composta por 3 fases, conforme mostrada na Figura 1, visando identificar os elementos que possibilitam uma comunidade, localizada em uma Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) ou extrativista (RESEX) na Amazônia, alcance de fato o Desenvolvimento Local Sustentável (DLS). Essa estrutura permite compreender as relações e o funcionamento de uma comunidade, bem como, entender os processos de tomada de decisões em nível local e institucional, que são capazes de direcionar as ações para atingir um objetivo comum.
Os sistemas sociais são estruturados não apenas por regras, posições e recursos, mas também pelo significado e por toda a rede de comunicação de indivíduos e organizações em diferentes níveis de interação. Portanto, permite estabelecer as histórias e significados abrangentes ao analisar o funcionamento do sistema e como as relações sociais podem mobilizar vários grupos de interesse em vários níveis, permitindo iniciar um processo de auto-organização para aprendizagem e geração de capital social.
LEONARD, M. Bonding and Bridging Social Capital:Reflections from Belfast. Sociology-Sage Publications.Volume 38(5): 927–944, 2004.DOI: 10.1177/0038038504047176 LUHMANN, N. Differentiation of Society.Canadian Journal of Sociology / Cahiers anadiens de sociologie, Vol. 2, No. 1, pp. 29-53, 1977. NEWMAN, L.; DALE, A.The Role of Agency in Sustainable Local Community Development. Local Environment Vol. 10, No. 5, 477–486, October 2005