Resumo

Título do Artigo

MENSURAÇÃO DA SUSTENTABILIDADE EM PROPRIEDADES RURAIS
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Tema

Indicadores e modelos de mensuração da sustentabilidade

Autores

Nome
1 - JOCIÉLI KREIN
Universidade do Oeste de Santa Catarina - UNOESC - Administração
2 - MARIZABEL LUCHESI
Universidade do Oeste de Santa Catarina - UNOESC - Administração
3 - ELIS REGINA MULINARI ZANIN
Universidade do Oeste de Santa Catarina - UNOESC - ADMINISTRAÇÃO Responsável pela submissão

Reumo

A preocupação com o aumento do consumo e com os sistemas produtivos insustentáveis tem sido tema de estudos das últimas décadas. (TRIGUEIRO, 2005). No entanto, nota-se que a sustentabilidade é comumente discutida no âmbito empresarial, especialmente vinculada às mudanças tecnológicas, no entanto, se encontra distante das propriedades rurais, visto que a qualidade e quantidade de informações repassadas a este setor é deficiente (ZUIN; QUEIROZ, 2015). Faz-se necessário compreender os métodos para mensurar a sustentabilidade empresarial, principalmente no que concerne a propriedade rural.
Os estudos sobre os indicadores da sustentabilidade em propriedades rurais estão em fase inicial, e/ou ocorrem em produções específicas, como atividades leiteiras (DI DOMENICO et al. 2017; ZERWES; REMPEL; DA SILVA, 2018; DA SILVA et al., 2018) ou focando apenas em uma variável – ambiental, social e econômica (DA SILVA, 2016). Neste sentido, buscou-se resposta à seguinte problemática: Como mensurar a sustentabilidade em propriedades rurais do extremo oeste de Santa Catarina?
Verificaram-se diversas ferramentas aplicadas na mensuração dos indicadores de sustentabilidade: Global Reporting Initiative (GRI), Dashboard of Sustainability (Painel da Sustentabilidade), Dow Jones Sustainability World Index (DJSI Wolrd), Método para Avaliação de Indicadores de Sustentabilidade Organizacional (M.A.I.S.) (CALLADO; FENSTERSEIFER, 2009). Todavia, esta pesquisa está fundamentada no indicador de sustentabilidade GSE – Grid de Sustentabilidade Empresarial, proposto por Callado (2010) para analisar o nível de sustentabilidade das organizações com características diferentes.
Pesquisa qualitativa descritiva, realizada em quatro propriedades rurais do município de Mondaí – SC, em que se aplicou o instrumento de mensuração Grid de Sustentabilidade Empresarial (GSE). Os questionários foram aplicados pessoalmente pelas pesquisadoras. Por fim, realizou-se a análise dos dados coletados, apontando as considerações finais sobre a aplicabilidade do modelo de mensuração da sustentabilidade GSE, como forma de indicador de sustentabilidade para as propriedades rurais.
Indica-se, adequar a ferramenta para a mensuração da sustentabilidade em propriedades, visto que, por mais que a propriedade rural seja considerada uma organização, na prática os processos são diferentes, a mesma possui um sistema único de gestão. Assim sendo, o questionário precisa ser adequado a esta atividade econômica para assim englobar todas as peculiaridades destes modelos organizacionais. Sugere-se ajustar a linguagem das questões de número 06, 17 e 20. Recomenda-se a aplicação do questionário de modo presencial.
Concluiu-se que o GSE é uma ferramenta válida para este ramo de atividade, pois conseguiu identificar e mensurar o nível de sustentabilidade da propriedade rural. Considerando o resultado final desta pesquisa, observa-se que houveram limitações. Visto que, a propriedade rural possui uma dinâmica única, tanto na relação afetiva com o trabalho e o local, como com a estrutura organizacional, além é claro da necessidade de adequação quanto à realidade do agronegócio regional.
BELLEN, Hans Michael van. Indicadores de Sustentabilidade. 2 ed. Rio de Janeiro: FGV, 2007. p. 253. CALLADO, Aldo Leonardo Cunha. Modelo de mensuração de sustentabilidade empresarial: uma aplicação em vinícolas localizadas na Serra Gaúcha. 2010. CAPRA, Fritjof. As conexões ocultas: ciência para uma vida sustentável. 2. ed. São Paulo: Cultrix, 2005. p. 296. DA SILVA, Marivânia Rufato et al. Indicadores propostos na literatura nacional para avaliação de sustentabilidade na agricultura familiar. Revista Monografias Ambientais, v. 15, n. 1, p. 37-52, 2016.