Resumo

Título do Artigo

GESTÃO POR COMPETÊNCIA E O GREENING ORGANIZACIONAL
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Tema

Estudos organizacionais em sustentabilidade

Autores

Nome
1 - Juliana Fatima de Moraes Hernandes
Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS - CEPAN Responsável pela submissão
2 - Renan Passos de Azevedo
Fundação Getúlio Vargas - FGV - Faculdade de Adm

Reumo

A visão do meio ambiente como recurso infinito e abundante já tem sido considerada equivocada por alguns atores sociais e, portanto, as organizações que continuam operando como “proprietárias” do meio ambiente, estão sendo denunciadas e em alguns casos penalizadas (Valle, 2005) por suas atitudes. De acordo com Raful et al. (2010) verificou-se, nas últimas décadas, um aumento do número de implantações de programas de sustentabilidade em empresas. Por outro lado, a degradação ambiental no planeta atinge recordes, conforme mostra o relatório da Agência Ambiental das Nações Unidas (2017)
Neste contexto, o presente trabalho tem por objetivo refletir sobre a questão levantada por Kallio e Nordberg (2006) do quanto o greening empresarial realmente tem contribuído para a sustentabilidade e discute o instrumento “gestão por competência” como facilitador da implementação e desenvolvimento dos programas de sustentabilidade nas organizações.
Showm (2009) coloca que a origem social de muitos dos problemas ecológicos, bem como as soluções, podem ser apontadas nos processos organizacionais e inter organizacionais. O sistema econômico é complexo e dinâmico com inúmeras interações, e as organizações são, indubitavelmente, as engrenagens que movem as máquinas degradadoras do meio ambiente. As organizações vem buscando mensurar suas potencialidades e resultados visando uma melhor performance e desenvolvimento. Uma das formas usadas para tal é o instrumento “gestão por competência”( MUNCK ET AL., 2013)
Este trabalho caracteriza-se como uma pesquisa descritiva, exploratória. Foi desenvolvido a partir de pesquisas bibliográficas sobre o tema em periódicos e livros, a fim de fornecer a base teórica e para a construção reflexiva do trabalho.
No caso da sustentabilidade organizacional, os programas de ecoeficiência estão nas organizações como parte de sua estratégia para a sustentabilidade. É necessário porém, que a organização tenha seu programa de ecoeficiencia bem escolhido e bem traçado para que seja eficaz em termos de sustentabilidade. o conceito de ecoefiência não se limita a mudanças incrementais no uso de recursos, mas inclui a durabilidade do produto, intensidade de serviços. Um outro aspecto da competência organizacional para a sustentabilidade é o papel dos gestores.
Verifica-se que embora o greening organizacional seja merecedor de críticas e pesquisas que procurem validamente o verdadeiro fator motivador que levam as empresas a adotar práticas de sustentabilidade, é necessário reconhecer que algo tem sido feito pelas organizações. A relação da competência organizacional com a prática da sustentabilidade constitui um campo de possibilidades de pesquisa e aplicação nas organizações que ainda tem bastante a ser explorado a fim de aprimorar desempenhos individuais e desenvolve-los, buscando um efetivo desenvolvimento sustentável.
KALLIO, T. J.; NORDBERG, P. (2006). The Evolution of Organizations and Natural Environment Discourse: Some Critical Remarks. Organization & Environment. doi.org/10.1177/1086026606294955; MUNCK, L.; GALLELI, B.; SOUZA, R. B. de. http://dx.doi.org/10.1590/S0103-65132013005000004. ; RAFUL, N.F.; JUCHEM, D.M.; CAVALHEIRO, M.E. Gestão ambiental como diferencial competitivo. Revista Gestão Industrial. ISSN 1808-0448; SHOWM, R. (2009) https://doi.org/10.1177/1086026609345216; UNITED NATIONS. Towards a pollution-free planet.https://papersmart.unon.org/resolution/uploads/25_19october.pdf