Resumo

Título do Artigo

REDES DE COOPERAÇÃO: PRÁTICA ESTRATÉGICA PARA A SUSTENTABILIDADE DE MICRO E PEQUENAS EMPRESAS – UM ESTUDO MULTICASOS
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Tema

Estratégia para a Sustentabilidade

Autores

Nome
1 - ELIZANGELA DE JESUS OLIVEIRA
Universidade Federal do Amazonas - Ciências exatas
2 - LÉIA MARIA ERLICH RUWER
Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho" - UNESP - Franca/SP Responsável pela submissão
3 - Rute Holanda Lopes
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4 - Darly Fernando Andrade
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5 - Elisabete Leite da Silva Carvalho
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Reumo

O movimento de mudanças nas relações empresariais, de acordo com Amato Neto (2008), vem se intensificando nas últimas décadas na medida em que se acumulam e consolidam as transformações tecnológicas, organizacionais e econômicas. Todas essas mudanças provocam alterações na forma de produzir, de administrar, de distribuir, bem como levam a alterações nas relações entre empresas, entre empresas e trabalhadores e entre empresas e instituições. Neste contexto é que nasce a formação de redes, como alternativa de competitividade para micro e pequenas empresas.
Considerando que as micro e pequenas empresas têm mais limitações para competir isoladamente, em e, frente a compreensão de que as redes flexíveis de pequenas empresas têm sido um sustentáculo de economias altamente desenvolvidas; o presente estudo objetiva verificar, na prática, quais os principais resultados obtidos, a partir da atuação em redes de cooperação, pelas MPEs? tendo o objetivo de analisar os principais benefícios e resultados obtidos pelas micro e pequenas empresas do sul de Minas Gerais, a partir da atuação em redes de cooperação.
A crescente difusão e utilização do conceito de redes no contexto organizacional surgem como recurso estratégico para enfrentar um ambiente de turbulências e incertezas, caracterizado pela competitividade e por crises e movimentos de reestruturação, tanto nas diversas esferas de atuação pública como na gestão dos negócios (Cândido & Abreu, 2000). Para Verschoore e Balestrin (2008b), os ganhos competitivos almejados pelas redes de cooperação deslocam o enfoque essencialmente individualista da empresa tradicional para uma concepção de resultados coletivos
Este estudo é exploratório, descritivo e de natureza qualitativa (Vergara, 2009). Foram adotados os procedimentos de pesquisa multicaso (Yin, 2001).O universo da pesquisa contempla as cidades de Alfenas, Guaranésia e Juruaia/MG, junto às redes Associação de Empresas de Comércio de Materiais de Construção de Minas Gerais (CONSTRUAI), Tecebem e Toque Brasil, respectivamente. Foram aplicados questionários aos associados às redes, tendo como respondentes gestores e pessoas envolvidas em cargos estratégicos. Os dados coletados foram tabulados e submetidos a análises com software SPSS.
Os resultados da pesquisa corroboram os achados de Amato Neto (2008), que defende que a cooperação interempresarial pode viabilizar o atendimento de uma série de necessidades das empresas, necessidades estas que seriam de difícil satisfação nos casos em que as empresas atuam isoladamente. Exemplo disso é exercer mais pressão no mercado, aumentando a força competitiva em benefício do cliente e fortalecendo o poder de compra.
Como resposta à pergunta de pesquisa, A pesquisa acusou como principal motivo que leva as empresas a aderir a uma rede de cooperação empresarial a o principal a possibilidade de complementar o negócio/produto e gerar invações, sendo que a maior parte dos pesquisados decidiu participar porque as expectativas que tinham em relação às redes eram correspondidas. “Compartilhar informações” foi o principais requisitos ou exigências destacado para adesão à rede de cooperação. E, como aspectos facilitadores destacaram-se a “troca de experiências/informações”, seguido de “maior representatividade.
Camfield, et al. Formação de Redes Associativas: sua importância e contribuição para o aumento da competitividade em empresas de pequeno porte. Revista de Administração, Contabilidade e Economia – RACE, v.4, n.1, p. 21-32, 2005, Santa Catarina. Casarotto, N. F., & Pires, L. H. (1999). Redes de pequenas e médias empresas e desenvolvimento local: estratégias para a conquista da competitividade global com base na experiência italiana. São Paulo: Atlas. Castells, M. (2000). A sociedade em rede - A era da informação: economia, sociedade e cultura, 1. São Paulo: Paz e Terra.