Resumo

Título do Artigo

FAZENDAS VERTICAIS: DESCRIÇÃO, PANORAMA MUNDIAL E PERSPECTIVAS PARA O FUTURO.
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Tema

Operações sustentáveis e Economia Circular

Autores

Nome
1 - José Sinézio Rebello de Faria
Centro Universitário FEI - Campus São Bernardo do Campo Responsável pela submissão
2 - Carlos Eduardo Cugnasca
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3 - Julio Cesar Candia Nishida
Escola Politécnica da Universidade de São Paulo - Escola Politécnica / Universidade de São Paulo
4 - Eduardo Mario Dias
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5 - Jairo Cardoso de Oliveira
Universidade Nove de Julho - PPGA

Reumo

Com uma população estimada em 9,5 bilhões de habitantes em 2050, estima-se que não haverá área suficiente em terras agricultáveis para atender à demanda desta população. As fazendas tradicionais dependem da sazonalidade e dos fertilizantes, bem como dos inseticidas, dos fungicidas e dos herbicidas para controle de pragas, além de serem responsáveis pela utilização de até 66% da água doce do planeta. As fazendas verticais apresentam-se como uma alternativa, permitindo o cultivo de alimentos em ambientes controlados, compactos, com menos utilização de recursos e próximo aos centros de consumo.
O objetivo da pesquisa foi, através da revisão da literatura relacionada às Fazendas Verticais, estabelecer suas origens, seus principais conceitos, definir suas características, especificidades e limitações e com isso, realizar um comparativo de seus ganhos em relação à agricultura tradicional. No estudo também são apresentadas iniciativas implantadas e em projeto de Fazenda Verticais no país e no mundo, assim como foram levantadas as perspectivas futuras.
Através de pesquisa bibliográfica foi estabelecido que fazendas verticais são classificadas em três tipos: (i) cultivo de plantas dentro de armazéns, galpões ou edifícios, com canteiros de um ou vários andares e com o uso de luz artificial, que funcionam como estufas de grande dimensão; (ii) cultivo em telhados de prédios antigos ou novos, tantos comerciais como residenciais; (iii) edifício específico, considerado visionário, de vários andares, integrando uma série de conceitos relacionados a esta técnica.
Estudo de casos múltiplos.
As principais vantagens levantadas sobre as Fazendas Verticais foram: cultivo permanente todo o ano; proteção contra condições climáticas; sem uso de pesticida ou inseticida; conservação e reciclagem de água; uso de energia solar e eólica; crescimento urbano sustentável; colheitas confiáveis e previsíveis; redução dos custos de energia; alta produtividade; diminuição dos custos de produção; diminuição das perdas em todos os ciclos; eliminação da transformação de terras naturais em terras agrícolas; uso de propriedades não utilizadas; criação de novos conhecimentos; e criação de emprego urbanos
A solução das fazendas verticais pode atender as preocupações alimentares de uma população em crescimento. A perspectiva de fazer uma agricultura em galpões ou edifícios, telhados ou áreas internas de uma edificação, com estufas fechadas e controladas, é um ponto a ser considerado, criando assim novos horizontes para produção de vegetais dentro do território de uma cidade. Isto diminuiria a necessidade de novas terras, conservando o ecossistema e ampliando a área de produção pela sua verticalização.
AL-KODMANY, K. The vertical farm: A review of developments and implications for the vertical city. Buildings, v. 8, n. 2, 2018. DESPOMMIER, D. The rise of vertical Farms. SCIENTIFIC AMERICAN, n. November 2009, p. 32–39, 2009. DESPOMMIER, D. D. No Title THE VERTICAL FARM - Feeding the world in the 21ST century. [s.l: s.n.].