Resumo

Título do Artigo

O CONSUMO COLABORATIVO À LUZ DA TEORIA DOS CUSTOS DE TRANSAÇÃO
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Tema

Inovação Sustentável e Marketing

Autores

Nome
1 - JESSIKA NARJARA SILVA DANTAS GARRIDO
Universidade Federal de Campina Grande - Programa de Pós-Graduação em Administração - PPGA/UFCG Responsável pela submissão
2 - Lúcia Santana de Freitas
Universidade Federal de Campina Grande - Unidade Acadêmica de Administração e Contabilidade
3 - Verônica Macário de Oliveira
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Reumo

Nos últimos anos, a economia compartilhada ou colaborativa tem atraído o interesse de pesquisadores, governos e organizações de mercado como uma alternativa ao sistema convencional de produção e consumo, desafiando a forma tradicional sobre como os recursos podem e devem ser oferecidos aos consumidores, fazendo surgir o compartilhamento em escala por meio de plataformas digitais que permitem e facilitam as práticas de troca, empréstimo ou até aluguel, gerando o acesso às pessoas por meio dos benefícios do uso ao invés da posse.
O modelo de economia compartilhada e as práticas de consumo colaborativo vêm transformando as formas tradicionais de transações econômicas. A propagação das redes sociais e de aplicativos online tem possibilitado uma redução nos custos das transações conectando consumidores a produtores diretamente e reduzindo os custos de intermediação. Nesse contexto, este estudo caracteriza-se como um ensaio teórico que tem como objetivo analisar o mercado do consumo colaborativo à luz da teoria dos custos de transação proposta por Oliver Williamson (1985).
Os avanços tecnológicos e a crise econômica de 2008 são considerados fatores centrais para a emergência da economia compartilhada, que desafia o modelo econômico capitalista radicado na sociedade ao conceber novos modelos de negócios e relacionamentos, nos quais valores como colaboração, cooperação e confiança proporcionam benefícios mútuos e fundamentam as relações sociais. Assim, a economia compartilhada e as práticas de consumo colaborativo são uma oportunidade em potencial para o avanço nas relações de mercado e desenvolvimento da sociedade, impactando nos custos das transações.
Ensaio teórico com a análise dos atributos das transações e pressupostos comportamentais nas práticas de Consumo Colaborativo à luz da Teoria dos Custos de Transação, na perspectiva dos estudiosos e pesquisadores referências na área.
Os atributos contemplados pela teoria dos custos de transação são: racionalidade limitada, comportamento oportunista, especificidade dos ativos, incerteza e frequência das transações, que se conectam de várias formas ao consumo colaborativo, já que este traz uma reorientação das práticas atuais de consumo com diversas diferenças nos contratos, nas relações sociais e nos comportamentos estabelecidos entre as empresas participantes das práticas de consumo colaborativo e seus clientes, ou dentro de comunidades entre pares, quando comparado ao tradicional consumo, possibilitando redução nos custos
Á luz da teoria dos custos de transação, conclui-se que a promoção de práticas de consumo colaborativo permite, quando comparadas a práticas tradicionais de consumo, redução nos custos de transação, possibilitando o surgimento de novos mercados e novas perspectivas de produção e consumo que antes possuíam extensão e formas limitadas.
Belk, R. (2014). You are what you can access: Sharing and collaborative consumption online. Journal of Business Research Botsman, R., & Rogers, R. (2011). O que é meu é seu: Como o consumo colaborativo vai mudar o nosso mundo. Bookman Editora Schor, Juliet. Debating the Sharing Economy. A Great Transition Initiative Essay, out, 2014 Simon, H. A racionalidade do processo decisório em empresas. Rio de Janeiro: Multipl. v. 1, n. 1, 1980 Williamson, O. E. The economic institutions of capitalism. New York: Free Press, 1985, 1987.