Resumo

Os problemas de mobilidade urbana necessitam da articulação de medidas para reduzir os impactos gerados, combinando ações relacionadas ao planejamento urbano e políticas públicas, enfatizando questões de equidade social e cidadania, implementando medidas relacionadas ao desenvolvimento sustentável e priorizando soluções tecnológicas. Alternativas que proporcionam melhorias nas condições de circulação devem ser analisadas, mas especificamente as relacionadas aos controles semafóricos, podendo servir como exemplos para aplicações futuras, em espaços que padeçam de problemas similares.

Com isso, a pergunta de pesquisa a ser respondida com este artigo é: Quais as diferentes soluções tecnológicas para controle semafórico implementadas no Brasil? O objetivo deste estudo é o de apresentar exemplos de aplicações das soluções de controle semafórico adotados em diferentes cidades brasileiras, analisando os problemas que essas tecnologias se predispõem a solucionar.

Os sistemas de controle semafórico se posicionam como uma alternativa que melhora a eficiência dos transportes e visa reduzir congestionamentos, acidentes, poluição do ar, suavizando o fluxo de tráfego. Existem diferentes alternativas de controles semafóricos, desde as que não consideram as variações do trânsito (semáforos tradicionais), passando pelas que se utilizam de dados históricos de comportamento do trânsito (semáforos em tempos fixos), até as mais sofisticadas, que consideram a demanda em tempo real (semáforos atuados ou semáforos inteligentes).

O presente estudo se baseou em levantamento bibliográfico por meio da seleção de artigos da base Proquest, assim como em notícias provenientes de sites, embasando o referencial teórico para identificar as tecnologias disponíveis para controle semafórico e as cidades brasileiras que têm se utilizado dessas soluções para melhorar suas condições de mobilidade urbana. Trata-se de uma pesquisa caracterizada por seus objetivos, exploratória com abordagem qualitativa.

As soluções adotadas pelas cidades, demonstram que existem alternativas para atender a necessidades distintas e a demandas locais. As motivações que geraram à implantação dos sistemas de controle semafórico atendem diferentes prioridades como segurança do condutor, pessoas com deficiência de locomoção, melhoria no tráfego local, entre outras. Grande parte das cidades busca atender às variações do trânsito nas vias, optando por soluções que atendam às mudanças em tempo real. Não existe um único sistema de controle semafórico, nem um melhor, as soluções devem atender aos objetivos esperados.

Os sistemas tecnológicos vêm se posicionando como alternativas acessíveis, disponíveis e eficientes. A melhoria do sistema de tráfego não é encontrada apenas expandindo, reparando e construindo estradas, todo o sistema requer melhorias. A visão das distintas implementações no Brasil poderá ampliar as possibilidades de replicação do modelo em outras cidades com demandas semelhantes e que poderiam se beneficiar pelo uso de sistemas de controle semafórico adequados.

Cucci, J., Netto. (2016). Semáforo: Ser ou não ser Inteligente? Uma comparação entre o controle semafórico em tempos fixos e o em tempo real. Recuperado em 15 outubro, 2018, de http://www.cetsp.com.br/media/479737/nt243.pdf. Magableh, A. A. A. R., Almakhadmeh, M. A., Alsrehin, N. & Klaib, A. F. (2020). Smart Traffic Light Management Systems: A Systematic Literature Review. International Journal on Technology Diffusion, 11(3). Netto, N. & Ramos, H. (2016). Estudo da Mobilidade Urbana no Contexto Brasileiro. GeAs- Revista de Gestão Ambiental e Sustentabilidade, 6(2).