Resumo

Título do Artigo

Autocontrole dos Gastos, Autoconfiança e Inovatividade na Intenção de Consumir Moda Colaborativa
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Tema

Inovação Sustentável e Marketing

Autores

Nome
1 - Patrícia de Oliveira Campos
UFPE - Universidade Federal de Pernambuco - Centro Acadêmico do Agreste Responsável pela submissão
2 - Cristiane Costa
UFPE - Universidade Federal de Pernambuco - Campus do Agreste- CAA

Reumo

As consequências negativas do consumismo para o meio ambiente têm requerido novos padrões comportamentais. Uma modalidade de consumo que está em eminência é o de moda colaborativa. Esta possibilita prolongar a vida útil dos produtos, atenuar a produção de novos itens e, assim, auxiliar na redução dos impactos da indústria da moda no meio ambiente (Iran & Schrader, 2017).
Apesar dos esforços para compreender seus preditores, estes ainda não se encontram totalmente estabelecidos. Assim, este estudo buscou contribuir para este campo ao analisar se a inovatividade, autoconfiança e autocontrole dos gastos são preditores da intenção de consumir moda colaborativa, devido às sinalizações da literatura de que perfis que adotam este consumo são abertos a explorar novas possibilidades, não são afetados por normas sociais e são orientados por aspectos utilitários (Iran & Schrader, 2017).
O consumo de moda colaborativa é o compartilhamento, aluguel ou venda de vestuário não resultante de novo processo de confecção (Iran & Schrader, 2017). A inovatividade é um traço de personalidade atrelado à abertura e aceitabilidade da reinvenção de um produto e/ou ressignificação do seu uso (Price & Ridgway, 1983). A autoconfiança refere-se à percepção do consumidor em ter capacidade de tomar decisões otimizando os resultados (Bearden, Hardesty, & Rose, 2001). Por fim, o autocontrole dos gastos é a capacidade de manter-se vigilante e gerenciar os recursos financeiros (Haws et al., 2012)
Os dados desta pesquisa foram coletados por meio de survey on-line, resultando em uma amostra final de 230 respondentes válidos. O processamento dos dados foi realizado por meio dos softwares SPSS e AMOS. Com vistas a analisar o perfil da amostra e os dados coletados, utilizou-se de estatística descritiva — frequência, média e desvio-padrão —. Para avaliar o nível de confiabilidade das escalas, baseou-se no alfa de Cronbach e para testar as hipóteses foi utilizada a modelagem de equações estruturais.
Aponta-se que é possível ter inovatividade dentro de um contexto de acesso. Isto vai de encontro a estudos anteriores, porquanto os achados confirmam a relação entre inovatividade e intenção de consumir moda colaborativa. Supreendentemente, a autoconfiança não possui influência significativa na intenção de consumir moda colaborativa. Estes, provavelmente, são atenuados nesse contexto devido a estímulos concorrentes que levam a um esgotamento dos recursos de autorregulagem.
Conclui-se que a inovatividade atua como a preditora mais forte deste consumo. A ênfase em evitar dissonâncias cognitivas pode levar os consumidores autoconfiantes a compras não planejadas. Contribuições prática são delineadas, tais como: lojas de moda colaborativa devem focar na promoção de aspectos hedônicos atrelados ao consumo de moda colaborativo, ao invés da ênfase em estímulos de preço. Além disso, agregar a este os benefícios sociais, econômicos e ambientais deste consumo para promover uma redução do risco de dissonância cognitiva, atraindo a atenção de consumidores autoconfiantes.
Bearden, W.O., Hardesty, D.M., & Rose, R.L. (2001). Consumer self-confidence: refinements in conceptualization and measurement. Journal of Consumer Research, 28 (1), pp.121–134. Haws, K. L., Bearden, W. O., & Nenkov, G. Y. (2012). Consumer spending self-control effectiveness and outcome elaboration prompts. Journal of the Academy of Marketing Science, 40(5), 695-710. Iran, S., & Schrader, U. (2017), Collaborative fashion consumption and its environmental effects, Journal of Fashion Marketing and Management, 21(4), pp. 468-482.