1 - Cristiano Frota de Oliveira Universidade Estadual do Ceará - Centro de Ciências Sociais Aplicadas
Responsável pela submissão
2 - ANDRÉA CARDOSO VENTURA - Escola de Administração
Reumo
As cidades que se encontram amalgamadas em torno do conceito de sustentabilidade, ganharam um formato em espécie de associações globais que se denominam, por exemplo, como Local Governments for Sustainability, The Global Convenant, C40 Cities e 100 Resilient Cities da Rockefeller Foundation. De acordo com essas associações, as cidades deveriam possuir um conjunto de habilidades para a formação de uma competência, denominada resiliência. Logo, as cidades que a possuem, são chamadas de cidades resilientes, possuidoras de uma resiliência no seu meio urbano, chamada de resiliência urbana.
Numa pesquisa preliminar em ao menos 2 bancos de dados de pesquisa, não foi identificado a realização de estudos voltados à análise de conteúdo com caráter subjetivo sobre as estratégias de resiliência das cidades participantes de grandes redes globais de resiliência urbana. Esse tipo de estudo estatístico, tem como cunho identificar aspectos subjetivistas ou indiretos, quando na formulação dos textos-base para objetivos e metas governamentais globais e locais em cidades na atualidade. O objetivo geral é identificar a influência de determinados ou dimensões do conceito de cidades resilientes.
Esse tipo de estudo estatístico, tem como cunho identificar aspectos subjetivistas ou indiretos, quando na formulação dos textos-base para objetivos e metas governamentais globais e locais em cidades na atualidade. Dessa forma, analisar e compreender, sob aspectos subjetivos, quais outras temáticas, conceitos, definições, objetos ou dimensões nesses documentos referenciados e elaborados em prol da resiliência em cidades, providencia avanços sobre a gênese dessa temática de cidades resilientes e de resiliência urbana para o campo da administração pública, governança e ONGs do terceiro setor.
A presente pesquisa é quantitativa, exploratória, baseada na análise de conteúdo e através de estatística descritiva e elaboração de uma equação de regressão linear múltipla, baseada numa variável dependente e 4 variáveis independentes.
O estudo explorou 5 dimensões, chegando à conclusão de que a teoria de cidades resilientes/resiliência urbana é corroborada por 4 outros construtos teóricos/objetos de estudo/dimensões, sendo a sustentabilidade, na análise sintética dos dados, a que mais contribui para explicar aquela teoria. É seguida pelos instrumentos que proporcionam a elaboração e publicização da estratégia de resiliência, pela pluralidade de atores/stakeholders verticalizados e horizontalizados existentes e, por fim, pela questão dos impactos ambientais.
O estudo mostrou-se relevante no sentido de analisar e compreender, sob aspectos relativamente subjetivos, quais outras temáticas, conceitos, definições, objetos ou dimensões estão contidos nesses documentos de referência global e local, providenciando avanços sobre a gênese da resiliência em cidades para o campo da administração pública, governança e organizações do terceiro setor.
BAUER, M. W. Classical content analysis: a review. In: BAUER, M. W.; GASKELL, G. Qualitative researching with text, image and sound. London: SAGE, 2014.
C40 CITIES. Disponível em: . Acesso em: 04 jun. 2021.
COAFFEE, J. Towards next-generation urban resilience in planning practice: From securitization to integrated place making. Planning Practice & Research, v. 28, n. 3, p. 323–339, 2013.