Resumo

Título do Artigo

AS RELAÇÕES ENTRE INOVAÇÃO, LIDERANÇA E PRÁTICAS AMBIENTAIS NA PERFORMANCE ORGANIZACIONAL DO SETOR BANCÁRIO
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Tema

Inovação para a Sustentabilidade

Autores

Nome
1 - Ana Maria Medeiros
Universidade Federal Rural de Pernambuco - Faculdade de Agronomia
2 - Thaylson Barros Luna
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3 - Luiz Paulo Marinho
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4 - Eliana Andréa Severo
Universidade Federal de Pernambuco - Centro de Ciências Socias Aplicadas, Departamento de Ciências Administrativas Responsável pela submissão

Reumo

As inovações no setor bancário são marcadas por constantes evolução e busca por vantagem competitiva e performance organizacional, que tragam mais segurança, eficiência e confiabilidade aos seus clientes. Uma organização inovadora precisa impulsionar o ambiente inovador com o apoio primordial e supervisão dos seus líderes, bem como da utilização de práticas ambientais, pois inicia uma integração da percepção da sustentabilidade às suas estratégias negociais, adicionando aos seus critérios financeiros nas suas decisões gerenciais.
Este estudo traz como questão de pesquisa: qual a relação entre inovação, liderança e práticas ambientais na performance organizacional do setor bancário? Por conseguinte, esta pesquisa tem como objetivo analisar a inovação no setor bancário e suas relações com a liderança destas organizações, as práticas ambientais e como influenciam a performance organizacional destas instituições.
Inovação está relacionada com a criação de um novo produto ou com a modificação de um produto já existente sendo um fenômeno grandioso, com diversas arestas, mas que pode ser usado em nível especifico a fim de se obter vantagem competitiva (SCHUMPETER, 1934; DRUCKER, 2000; SANTOS et al., 2019). No Brasil em 1995, foi realizado uma nova lei entre o governo federal e os bancos públicos (BB, BNB, BASA, BNDS e CEF), visando um acordo para o desenvolvimento sustentável, denominado Protocolo Verde, o qual foi ampliado aos bancos privados (PROTOCOLO VERDE, 1995; VASCONCELOS, 2011).
A metodologia utilizada nesta pesquisa é do tipo quantitativa e descritiva, configurando uma amostra não probabilística (HAIR Jr. et. 2013), constituída por 160 respondentes. Na coleta de dados foi utilizado um questionário composto de afirmativas em uma escala Likert intervalar de cinco pontos, constituindo 4 construtos de pesquisa: Inovações Bancárias (IN); Liderança (LD); Práticas Ambientais (PA); e, Performance Organizacional (PO). Para a análise de dados utilizou-se a estatística descritiva, testes estatísticos, bem como a Análise Fatorial Exploratória.
Os testes estatísticos (KMO, Alfa de Cronbach) ficaram dentro do recomendado (HAIR Jr. et al., 2013), atestando a adequação das amostras, assim como a normalidade e consistência interna dos dados. Os construtos que apresentaram as maiores cargas fatoriais na AFE foi o de PO, para a questão PO4 (0,885) “As inovações de serviços digitais nas instituições bancárias geram maior produtividade”, assim como o construto de LD, com valor de 0,827, para a questão LD3 “Entendo que a liderança nas instituições bancárias utiliza conceitos de inovação para entregar melhores resultados e rentabilidade”.
Por meio da AFE, este estudo encontrou resultados nos quais pode-se inferir que as inovações no setor bancário estão positivamente relacionadas com sua maior rentabilidade, corroborando com os conceitos de (SCHUMPETER, 1961; FACÓ, CSILLAG, 2010). Infere-se também que quando a instituição financeira realiza práticas ambientais ocorre uma influência positiva na visão dos clientes acerca da instituição, o que corrobora com estudos de Infante et al. (2010), como também, aponta-se que as inovações e a liderança no setor bancário propiciam aumento de produtividade e rentabilidade.
FACÓ, J. F. B.; CSILLAG, J. M. Processo de inovação em bancos: análise do desenvolvimento de novos produtos. Revista de Administração da Unimep, v. 8, n. 3, p. 1-26, 2010. SANTOS, B. M. M. D.; FERREIRA, E. P.; SILVA, E. D. P.; AGUIAR FILHO, A. S. Mensuração da gestão da inovação em um banco brasileiro sob a ótica das cinco dimensões da inovação. Revista Gestão & Planejamento, v. 20, n. 1, p. 149-168, 2019. SCHUMPETER, J. A. The theory of economic development. 1. ed. Harvard University Press, Cambridge, 1934.