Resumo

Título do Artigo

Capacidades dinâmicas verdes em P&D de ecoinovações tecnológicas inspiradas na natureza
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Tema

Inovação para a Sustentabilidade

Autores

Nome
1 - Franciany Cristiny Venâncio Dugonski
- Ecoville Responsável pela submissão
2 - Cleonir Tumelero
Universidade Positivo - Business School
3 - Fabiana Gondim Mariutti
Universidade Positivo - PPGA e Business School UP

Reumo

Considerar os impactos ambientais gerados pela produção tem sido um desafio constante para as organizações e, consequentemente, para as cadeias produtivas. As organizações que conseguem se adaptar mais facilmente, gerando diferenciais aos seus produtos e processos por meio dos benefícios ambientais e sociais, conseguem se posicionar à frente aos demais concorrentes. Nesse cenário, as ecoinovações permitem o aprimoramento das capacidades de (P&D) verdes, o que permite que estratégias empresariais alcancem as dimensões econômicas, sociais e ambientais da sustentabilidade.
Há considerável complexidade técnica na P&D verde de ecoinovações tecnológicas, uma vez que ecoinovações devem alcançar uma série de indicadores de sustentabilidade ambiental. Neste sentido, há indícios de que as capacidades dinâmicas em P&D verde de ecoinovações podem ser desenvolvidas a partir da biomimética, o que ainda é pouco investigado pela literatura. Diante do exposto, percebe-se a oportunidade de responder a seguinte questão de pesquisa: Como capacidades dinâmicas em P&D Verde de ecoinovações tecnológicas são desenvolvidas a partir da biomimética em uma empresa de cosméticos?.
Kemp e Pearson (2007) destacam ecoinovação como uma novidade que pode ser uma maneira de produção, incorporação e aproveitamento, seja na forma de produto, serviço ou gestão. Lee e Min (2015) ressaltam, que a P&D que visa ao desenvolvimento de ecoinovações pode ser considerada P&D Verde, pois tem como propósito a melhoria na utilização dos recursos naturais e na redução dos impactos ambientais. Chen e Chang (2012) denominam capacidades dinâmicas verdes, como a capacidade da organização de explorar os recursos disponíveis e conhecimentos já existentes, para desenvolver suas capacidades verdes.
Este estudo possui enfoque qualitativo, em razão de a temática ainda ser incipiente na literatura e precisar, portanto, de aprofundamento analítico. O foco do estudo é exploratório. O método utilizado foi o estudo de caso. A unidade de análise definida para o estudo de caso foi uma empresa fabricantes de cosméticos verdes. A técnica de coleta de dados foi a entrevista semiestruturada, que permitiu a coleta de dados primários por meio de um roteiro de entrevista. A técnica de tratamento e análise dos dados foi a análise de conteúdo.
Uma forma de resolução de problemas utilizada pela empresa pesquisada é por meio do biomimetismo, que consiste em não apenas extrair os recursos naturais, mas a aprender com a natureza, evoluindo assim nas formas de cultivo de plantas, na geração de energia, na cura de doenças e também dos modelos de negócios. No decorrer das entrevistas, foi possível perceber que produtos com enfoque ambiental têm o processo de ideação e desenvolvimento baseado principalmente na demanda de mercado, ou seja, atendendo a esta necessidade a empresa gera um diferencial frente aos concorrentes.
Concluiu-se que a biomimética é uma importante ferramenta para o desenvolvimento de produtos ecoinovadores, e por meio dela é possível trazer um diferencial para as produções das empresas. Aspecto vinculado às capacidades dinâmicas verdes da organização. No caso da empresa estudada, ela possuia recursos para o desenvolvimento de tais ecoinovações em decorrência das suas preocupações com a sustentabilidade e conhecimentos da CEO, assim eles utilizaram do seu potencial para criar, minimizando os impactos ambientais, utilizando a natureza como referência e alcançando assim vantagem competitiva.
Chen, Y. S., & Chang, C. H. (2013). The determinants of green product development performance: Green dynamic capabilities, green transformational leadership, and green creativity. Journal of business ethics, 116(1), 107-119. Kemp, R., & Pearson, P. (2007). Final report MEI project about measuring eco-innovation. UM Merit, Maastricht, 10(2). Lee, K., & Min, B. (2015). Green R&D for eco-innovation and its impact on carbon emissions and firm performance. Journal of Cleaner Production, 108, pp. 534-532.