Resumo

Título do Artigo

INDICADORES DO COMPORTAMENTO DOS EMPREENDEDORES SOCIAIS EM NÍVEL INDIVIDUAL
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Tema

Empreendedorismo Sustentável e Negócios de Impacto

Autores

Nome
1 - Tárcila Bezerra Vasconcelos
UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE - Campina Grande Responsável pela submissão
2 - Verônica Macário de Oliveira
UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE - Administração

Reumo

A literatura sobre empreendedorismo tem recebido notória atenção nas economias do mundo inteiro (Chandra, 2018; Ferreira, Pinto & Miranda, 2015). Entretanto, a lógica das empresas tradicionais é respaldada em uma mentalidade pela qual cada objetivo estratégico deve responder ao objetivo da rentabilidade. Tais ideologias estão impregnadas nas relações sociais e vem afetando a sociedade negativamente. Conforme, Dey e Steyaert (2016) apontaram, a governabilidade neoliberal concebe indivíduos egoístas e oportunistas.
A sociedade sofre com várias necessidades sociais que não têm sido plenamente atendidas (Singh & Inbanathan, 2018). É neste cenário que o Empreendedorismo Social surgiu e vem ganhando espaço no mundo (Barki et al., 2015). Devido à sua relevância na solução de problemas sociais, torna-se uma questão chave analisar os seus elementos de mensuração. Isto posto, esta pesquisa tem como objetivo identificar os indicadores do comportamento dos Empreendedores Sociais em nível individual que estão sendo explorados nas pesquisas sobre o tema e a estrutura conceitual associada a esta mensuração.
O empreendedorismo social emergiu como uma forma organizacional complexa que utiliza métodos baseados no mercado de forma promissora para resolver questões sociais desafiadoras (Miller et al., 2012). Com isso, os empreendedores sociais são impulsionados principalmente por sua missão social de criar valor social para as comunidades-alvo (Dwivedi & Weerawardena, 2018; Kannampuzha & Hockerts, 2019). Em relação às características inerentes aos empreendedores sociais, os estudos que abordam a dimensão individual destacam as suas motivações, traços distintivos e como estes avaliam as oportunidades.
Adotou-se uma abordagem quali-quantitativa de natureza descritiva e exploratória. A fonte de dados foi secundária e as bases de dados utilizadas foram a Web of Science (WoS) e o Scopus. A amostra da pesquisa foi composta por artigos publicados entre os anos de 2000 à 2020 que tiveram no título da pesquisa o termo “social entrepreneur*” e nos tópicos (título, resumo ou palavras-chave) o termo “measure”. O corpus textual analisado foi composto pelos resumos dos artigos e as palavras-chave. Os dados dos resumos e palavras-chave foram tratados com apoio do software Iramuteq.
Apesar de todos os artigos analisados estudarem o comportamento do empreendedor social, as perspectivas possuem algumas peculiaridades distintas. Em sua maioria, os estudos aplicaram questionários com estudantes buscando os principais indicadores no âmbito individual. Entre os indicadores, os de maior destaque são: a autoeficácia empreendedora, suporte social, experiência anterior, obrigação moral e empatia.
Ao analisar a estrutura conceitual dos indicadores foi constatada a existência de três tipos principais de linhas de pesquisa, são elas: a intenção social empreendedora, características comportamentais, e orientação social empreendedora. Entretanto, ainda não está claro como esses fatores se relacionam. De forma geral, os estudos se propõem a validar estaticamente uma ferramenta para a mensuração através de indicadores utilizando métodos de pesquisa quantitativo e misto.
Dwivedi, A., & Weerawardena, J. (2018). Conceptualizing and operationalizing the social entrepreneurship construct. Journal of Business Research, 86. https://doi.org/10.1016/j.jbusres.2018.01.053 Schumpeter, J. A. (1943). Capitalism, Socialism and Democracy. In Modern Economic Classics-Evaluations Through Time. Routledge. https://doi.org/10.4324/9781315270548-17 Singh, N., & Inbanathan, A. (2018). Social entrepreneurship for development: A business model for sustainable development. Working Papers 426, Institute for Social and Economic Change, Bangalore., 1–21. https://doi.org/10.4324/97813156