Resumo

Título do Artigo

ANÁLISE SOBRE A PERCEPÇÃO DOS CONSUMIDORES QUANTO AO DESCARTE E LOGÍSTICA REVERSA DE EMBALAGENS DE COSMÉTICOS SOB A PERSPECTIVA DA ECONOMIA CIRCULAR
Abrir Arquivo

Tema

Operações sustentáveis e Economia Circular

Autores

Nome
1 - Ana Cecília Cavalcante da Silva
UNB Universidade de Brasília - Darcy Ribeiro
2 - Patricia Guarnieri
- Responsável pela submissão

Reumo

O Brasil é o quarto país no ranking do consumo setor de Higiene, Perfumaria e Cosméticos-HPPC, que representa 1,8% do PIB nacional, estando atrás apenas do Estados Unidos, Japão e China (FORBES, 2020). Com grande parte dos salões de belezas fechados devido à pandemia, uma parcela de pessoas mudou sua rotina de cuidados. Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos-Abihpec, o setor em 2020 registrou uma alta de 0,6% de faturamento,com o aumento do consumo também aumentam os resíduos gerados e descartados incorretamente.
Com base no princípio da responsabilidade compartilhada a logística reversa de embalagens passa a ser obrigatória para a população em geral, e para as empresas envolvidas na geração e gestão dos resíduos, e que utilizam a logística reversa como diferencial para a captação de clientes. O objetivo deste artigo é é analisar a percepção do consumidor do setor de HPPC quanto ao descarte de embalagens de cosméticos e logística reversa sob a perspectiva da economia circular, por meio de um survey.
O modelo circular emprega os três “R” (reduzir, reutilizar e reciclar) uma vez que emprega o modelo sustentável como seu ritmo principal. Para que a economia seja circular, é necessário que todos os setores da empresa devam estar envolvidos e conscientes. Em 2010 foi sancionada a Política Nacional dos Resíduos Sólidos (PNRS). A Política institui a responsabilidade compartilhada dos geradores de resíduos, sendo eles: os fabricantes, importadores, distribuidores, comércio, cidadãos e titulares de serviços de manejo dos resíduos sólidos urbano, além dos consumidores na Logística Reversa.
Trata-se de uma pesquisa aplicada, exploratória e descritiva, de abordagem quantitativa, cujo procedimento técnico utilizado foi o levantamento (survey) e a análise documental, nos sites de empresas que utilizam as boas práticas da economia circular no descarte pós consumo de embalagens de cosméticos. O instrumento de coleta de dados foi um questionário com perguntas fechadas, aplicado de forma online, foram obtidas 441 respostas válidas, o critério de seleção da amostra foi por acessibilidade e conveniência. Foram analisadas as frequências das respostas obtidas para a análise de resultados.
Cerca de 94% dos respondentes confirmaram que priorizariam empresas que reciclassem suas embalagens, independente dos benefícios oferecidos aos consumidores. Apesar de ainda ser necessário melhorar a conscientização ambiental da população em um geral, grande parte dos respondentes mostrou-se interessado por empresas que se preocupem com a destinação das embalagens utilizadas Por fim, foi notado que há um desconhecimento por parte dos respondentes com os conceitos de Economia Circular e a Política Nacional de Resíduos Sólidos.
Baseado na amostra estudada, é possível notar que os respondentes da pesquisa não possuem consciência ambiental e que este assunto deveria ser levado mais a sério pelas empresas de cosméticos e produtos de beleza, com o intuito de implementarem práticas de conscientização, uma vez que até clientes que realizam o descarte apropriado, na maioria das vezes, participam do processo de logística reversa e economia circular caso tenham algum benefício em particular, geralmente financeiro.
AZEVEDO, J.L. A Economia Circular aplicada no Brasil. Congresso Nacional de Excelência em Gestão, 13 e 14 de agosto de 2015. BONVIU, Florin. The European Economy: From a Linear to a Circular Economy. Romanian Journal of European Affairs 14(4), 78-91, 2014. BRASIL. Lei 12.305, de 2 de agosto de 2010. Dispõe sobre a Política Nacional de Resíduos Sólidos. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2010/Lei/L12305.htm CAPANEMA, Luciana Xavier de Lemos et al. Panorama da indústria de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos. Biblioteca digital do BNDES. Rio de Janeiro, Brasil