Resumo

Título do Artigo

CONSUMO SUSTENTÁVEL NO SEGMENTO DE VESTUÁRIO: UM ESTUDO COMPARATIVO ENTRE BRASILEIROS E ALEMÃES
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Tema

Marketing e Sustentabilidade

Autores

Nome
1 - LETÍCIA BENEVIDES CHAVES
-
2 - Juliana VIeira Corrêa Carneiro
Universidade Federal do Ceará - UFC - Feaac
3 - Laise do Nascimento Silva
- Ifpi Responsável pela submissão
4 - Luiz Carlos Murakami
-
5 - Linnik Israel Lima Teixeira
- Campus Piripiri

Reumo

A sociedade atual vive um ritmo intenso de produção e consumo. Novos produtos são lançados a uma velocidade cada vez maior, instigando o consumo exagerado e inconsequente. Em contrapartida, observa-se uma preocupação crescente com questões socioambientais, e o conceito de sustentabilidade vem sendo cada vez mais discutido. Essas mudanças refletem no comportamento do consumidor, que tende a tornar-se mais consciente e engajado. Apesar dessa mudança gradual ser uma tendência global, cada país caminha no seu próprio ritmo rumo a um consumo mais sustentável.
Quais as principais diferenças entre brasileiros e alemães quando se trata de consumo sustentável no segmento de vestuário? Teve como objetivo geral analisar e comparar hábitos de consumo sustentável no segmento de vestuário entre brasileiros e alemães e especificamente, conhecer e comparar, entre brasileiros e alemães, hábitos de consumo no segmento de vestuário, investigar e comparar, entre brasileiros e alemães, familiaridade com o tema “consumo sustentável”, identificar e comparar, entre brasileiros e alemães, níveis de consciência pessoal quanto aos seus comportamentos de consumo em vestu
Para Hervé e Gilles (2012), cultura é o modo do ser humano se relacionar consigo mesmo, com os outros e com o mundo. Cada cultura estabelece sua própria visão particular do mundo, sendo que entendimentos e regras apropriados em um contexto cultural podem ser considerados absurdamente impróprios em outro (MCCRACKEN, 2007). Segundo Ribeiro (2015, p. 18) sustentabilidade é “a habilidade de explorar regiões e recursos planetários gerando o menor prejuízo possível ao equilíbrio ambiental e, consequentemente, à humanidade e toda a biosfera que dele necessitam para sobreviver.”
Quanto aos aspectos metodológicos o estudo comtemplou uma abordagem qualitativa de cunho descritivo e exploratório. Quanto ao procedimento técnico classifica-se como pesquisa de campo tendo como instrumento de coleta de dados a entrevista composta por um roteiro de 13 questões. No total, foram feitas 30 entrevistas semiestruturadas: 15 com brasileiros, pessoalmente e em português, e outras 15 com alemães, por WhatsApp (através de ligação de áudio, vídeo ou por conversa escrita), feitas em inglês, tiveram duração média de 8 minutos, e foram gravadas para posterior transcrição.
A maioria dos brasileiros afirmou comparar produtos e preços entre lojas presenciais - principalmente em shoppings - enquanto a maioria dos alemães alegou fazer isso on-line, em lojas virtuais. Para os brasileiros, observou-se que o tema é, de maneira geral, compreendido de maneira superficial ou incompleta, e algumas pessoas não sabem do que se trata. Já para os alemães, o assunto mostrou-se bem mais familiar. Quase todos os alemães afirmaram ter hábitos de consumo sustentável, já têm alguns hábitos de consumo nesse quesito, mas acham que não é o suficiente.
Pôde-se constatar que os alemães têm maior acesso a informações sobre o tema e mais interesse e familiaridade com o assunto. Isso mostrou influenciar seus comportamentos de consumo, que apresentam hábitos no sentido de preocupação ambiental, social e econômica no segmento de vestuário, costumes esses não identificados no grupo amostral brasileiro. Embora os objetivos propostos tenham sido atingidos, é válido destacar algumas limitações na pesquisa. Primeiramente, por ter sido utilizada uma amostragem pequena, como é comum de pesquisas qualitativas, não se pode fazer generalizações.
ALVES, R. R. Administração verde: o caminho sem volta da sustentabilidade ambiental nas organizações. 1.ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2016. SANTOS, W.; SÁ, A. J. Avalanche do consumismo na modernidade. Uma sociedade sem limites no mundo globalizado. Revista de geografia. Recife – UFPE – DCG/NAPA, v. 26, n. 3, set/dez 2009. SHAVITT, S.; LEE, A.; JOHNSON, T. Cross-cultural consumer psychology. In.: HAUGTVEDT, C. P. HERR, KARDES, F. (Ed.), Handbook of consumer psychology, p. 1103–1131, Mahwah, Erlbaum, 2008.