Resumo

Título do Artigo

PRÁTICAS DE SUSTENTABILIDADE EM EMPRESAS ESTATAIS DE SANEAMENTO BÁSICO
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Tema

Governança e Sustentabilidade em Organizações

Autores

Nome
1 - Ana Karolina Lima Machado
Universidade Federal do Ceará - UFC - Centro de Tecnologia Responsável pela submissão
2 - Pedro Pinheiro Osório
Universidade de Fortaleza - UNIFOR - Engenharia Ambiental e Sanitária
3 - PAULO ROBERTO DE CARVALHO NUNES
- Mestrado Profissional em Administração - MPA
4 - Rubens Carlos Rodrigues
- Programa de Pós Graduação em Administração / UNIFOR

Reumo

As empresas, de uma maneira geral, devem atender às legislações vigentes e, cada vez mais, é exigido uma atuação sustentável, que busque ser responsável social, econômica e ambientalmente. A Lei Federal nº 13.303/2016, chamada Lei das Estatais, preconiza em seu texto o desenvolvimento sustentável às empresas públicas e às sociedades de economia mista e impõe requisitos de transparência, dentre os quais está a apresentação anual do Relatório Integrado ou de Sustentabilidade, e as licitações sustentáveis.
Este trabalho apresenta o seguinte questionamento: quais as práticas sustentáveis relatadas pelas empresas estatais de saneamento básico em seus Relatórios de Sustentabilidade, de acordo com as normas da GRI? Portanto, o objetivo desta pesquisa é comparar as práticas sustentáveis relatadas por empresas estatais de saneamento básico em seus Relatórios de Sustentabilidade, em relação às normas da GRI.
O planejamento e investimento do setor de saneamento têm que trabalhar o conceito de desenvolvimento sustentável, garantindo a conservação do meio ambiente e particularmente dos recursos hídricos, atendendo requisitos técnicos, ambientais, sociais e econômicos (LEONETTI et al., 2011). Camargos (2012) encontra pontos positivos na ferramenta GRI, considera que a sua padronização incentiva as organizações a elaborarem relatórios que integrem suas dimensões econômicas, sociais e ambientais. Essa estrutura facilita a elaboração desses documentos, tendo como objetivo desenvolver uma linguagem comum.
Neste trabalho, foi utilizado o método comparativo na busca por diferenças e semelhanças entre as diretrizes da Norma GRI e os Relatórios de Sustentabilidade das Companhias Estaduais de Saneamento Básico (CESBs). Quanto aos objetivos, a pesquisa é considerada descritiva, pois há registro e descrição dos fatos, sem intervenção nos dados, sem interferência do pesquisador. Para a coleta de dados, realizada entre os meses de junho a setembro de 2021, o presente estudo utilizou pesquisa documental dos Relatórios de Sustentabilidade das CESBs, publicados nos sites das próprias empresas.
O estudo realizado considerou exclusivamente a dimensão ambiental do tripé da sustentabilidade. Dessa forma, serão utilizadas para fins de comparação as Normas GRI específicas para o tópico ambiental, apresentadas na série 300. As normas específicas para a diretriz ambiental são divididas em oito tópicos materiais, sendo eles: materiais (GRI 301), energia (GRI 302), água e efluentes (GRI 303), biodiversidade (GRI 304), emissões (GRI 305), resíduos (GRI 306), conformidade ambiental (GRI 307) e avaliação ambiental de fornecedores (GRI 308). Os tópicos, por sua vez, são separados em conteúdos.
A divulgação do relatório de sustentabilidade tornou-se uma maneira das organizações mostrarem seu compromisso com a transparência e o desenvolvimento sustentável. As companhias analisadas apresentaram relatórios de sustentabilidade, segundo o documento “Normas GRI”. Mesmo com a padronização da norma e a amostra da pesquisa ser composta por empresas do mesmo setor, foi verificado que há diferenças nos relatórios. Foi verificado quais empresas mais atendem os conteúdos da norma e que temos diferentes níveis de engajamento em relação a práticas voltadas para o desenvolvimento sustentável.
CAMARGOS, M. R. Análise do Uso do Modelo Global Reporting Initiative para elaboração do Relatório de Sustentabilidade das Empresas de Energia Elétrica do Brasil. Campinas, 2012. Disponível em: . Acesso em 19/08/2021. LEONETTI, A. B.; PRADO L, P.; OLIVEIRA, S, V, W, B. Saneamento básico no Brasil: considerações sobre investimento e sustentabilidade para o século XXI. Rev. Adm. Pública 45, 2011. Disponível em . Acesso em 01/09/2021.