Resumo

Título do Artigo

RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL E EKC HYPOTHESIS: uma análise das empresas listadas no ISEB3
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Tema

Finanças Sustentáveis

Autores

Nome
1 - Rodolpho Sobreira Mayer
UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE - Programa de Pós-Graduação em Administração (PPGA/UFCG) Responsável pela submissão
2 - Thiago Alexandre das N Almeida
UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE - Unidade Acadêmica de Administração e Contabilidade

Reumo

As transformações socioeconômicas e os impactos da atividade humana acerca do meio ambiente e a sociedade têm cada vez mais espaço tanto no comportamento e na avaliação das organizações. Neste sentido, há cada vez mais espaço para estudos que compreendam a relação entre o desenvolvimento econômico e os impactos ambientais advindos deste desenvolvimento, transpassando as barreiras financeiras e verificando fatores sociais e humanos. Neste âmbito, a Hipótese da Curva Ambiental de Kuznets pode ser um indicador de análise das relações entre para as ações de responsabilidade social em organizações.
Há, no grupo de empresas que compõem o ISEB3 e utilizam o modelo IBASE, elementos de responsabilidade socioambiental que podem ser analisados tendo em vista se o seu desempenho econômico corresponde às propostas da Hipótese da Curva Ambiental de Kuznets Por isso, esta pesquisa possui como objetivo verificar a relação entre os investimentos socioambientais e o desempenho econômico em empresas listadas no Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISEB3) à luz da Hipótese da Curva Ambiental de Kuznets.
A fim de compreender o equilíbrio entre o desempenho econômico e a sustentabilidade, pesquisadores têm considerado os trade-offs entre o crescimento econômico e seu impacto nos ecossistemas a partir da Hipótese da Curva Ambiental de Kuznets (EKC). Neste sentido, em empresas de capital aberto, algumas empresas pertencentes ao IBEB3 na BM&FBOVESPA divulgam seus balanços sociais de acordo com o modelo IBASE, enfatizando suas práticas nas áreas de investimentos sociais internos, investimentos sociais externos e investimentos ambientais.
Esta pesquisa de caráter quantitativo, utilizou dados dos Balanços Sociais segundo o modelo IBASE disponibilizados pelas organizações listadas no ISEB3 desde o inicio de sua divulgação. As informações seguiram a metodologia de dados em painel com o auxílio do software STATA 16 e a amostra foi composta por 22 empresas em um painel desbalanceado. Foram analisadas as variáveis socioambientais que correspondem aos investimentos sociais internos, investimentos sociais externos e investimentos em meio ambiente. Como variáveis financeiras foram verificadas a receita líquida, o resultado operacional.
Os resultados demonstraram que a variável receita liquida alcança uma curva em formato de “N” quando analisada juntamente com as variáveis investimentos sociais internos e investimentos em meio ambiente. Demonstrando que, ainda que haja uma redução sobre a pressão do meio, ao passo que o desempenho econômico aumenta, as companhias da amostra, tendem a voltar a pressionar o meio nos quesitos analisados pelas referidas variáveis socioambientais. Em nenhuma das variáveis a EKC hyphotesis foi aceita mediante os critérios estabelecidos por Kuznets (1955).
Neste sentido, este trabalho buscou contribuir com a ampliação do debate sobre a aplicação da Hipótese da Curva Ambiental de Kuznets em organizações, visto que há uma literatura escassa sobre o tema. Os modelos econométricos propostos podem ser replicados por pesquisadores que busquem compreender como investimentos socioambientais impactam no desempenho financeiro de organizações de capital aberto, trazendo mais abrangência aos estudos em administração, economia e contabilidade e, a partir dos resultados, demonstrar para o mercado os impactos dos investimentos em RSA nos índices financeiros.
Akben-Selcuk, E. (2019). Corporate social responsibility and financial performance: The moderating role of ownership concentration in Turkey. Sustainability, 11(13), 3643. Grossman, G. M., & Krueger, A. B. (1991). Environmental impacts of a North American free trade agreement. Grossman, G. M., & Krueger, A. B. (1995). Economic growth and the environment. The quarterly journal of economics, 110(2), 353-377. Kuznets, S. (1955). Economic growth and income inequality. The American economic review, 45(1), 1-28.