Resumo

Título do Artigo

A UTILIZAÇÃO DO BIOGÁS PROVENIENTE DE MATÉRIA ORGÂNICA PARA FINS ENERGÉTICOS E MITIGAÇÕES AMBIENTAIS: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA
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Tema

Gestão Ambiental

Autores

Nome
1 - Djayr Alves Bispo Junior
Universidade Federal da Paraíba - Centro de Tecnologia Responsável pela submissão
2 - Raphael Abrahão
-
3 - monica carvalho
- Departamento de Engenharia de Energias Renováveis

Reumo

A quantidade de Resíduos Sólidos Urbanos (RSU) tem aumentado consideravelmente ao longo dos últimos anos, juntamente com as demandas globais de eletricidade (IEA, 2018). Isto é consequência direta do aumento populacional, como também do modo de vida da sociedade moderna. Dessa maneira, surge a necessidade de encontrar alternativas para diversificar a matriz energética global, como também mitigar os impactos ambientais do planeta. Para isto, pode-se usar o biogás proveniente de RSU para fins energéticos, por meio de sistemas termodinâmicos com várias possibilidades de implementação.
Por ano são produzidos cerca de 2 bilhões de toneladas de resíduos no mundo (ONU, 2018). Para acomodar os 7,6 bilhões de habitantes no planeta terra, suprir o uso de recursos e absorver o lixo gerado, seria necessário 70% de outro planeta terra (ONU, 2018). Seguindo a tendência mundial, a expectativa é que a quantidade de RSU no mundo aumente ainda mais. Reconhecendo as oportunidades energéticas presentes no biogás originado de RSU, o objetivo deste trabalho é mostrar a importância da sua utilização, por meio de uma revisão sistemática dos estudos teóricos e experimentais já desenvolvidos.
De acordo com Mourad et al. (2002), os RSU podem ser tratados de diversas formas, como: reciclagem, tratamento biológico, incineração, aterro, etc. A incineração é um processo termoquímico baseado na combustão dos compostos orgânicos dos RSU (Nidoni, 2017). Os aterros sanitários são tratamentos bioquímicos de RSU (ABNT, 1983). Ambas as formas de tratamento resultam no biogás. Segundo Chacartegui et al. (2015), o biogás pode ser utilizado em diversas propostas: aplicações térmicas, evaporação de lixiviado, geração de eletricidade por motores a combustão interna, turbinas a gás e a vapor, etc.
Revisão sistemática, caracterizada por ser uma metodologia qualitativa (Pereira et al., 2018). Toda a pesquisa foi feita na base de dados SCOPUS, limitando as pesquisas para artigos publicados em periódicos e revisões. Os descritores utilizados nas buscas foram: urban solid residues, sanitary landfill, biogas, cogeneration, thermodynamics, life cycle assessment. Foram utilizados seus sinônimos correspondentes, assim como os operadores booleanos AND e OR. Não houve qualquer tipo de restrição temporal na pesquisa. Derivados de livros, anais e resumos de conferência também foram excluídos.
Na primeira etapa apareceram 157 artigos. Logo após houveram as etapas de triagem e elegibilidade, finalizando com a obtenção de apenas 17 estudos. Os artigos identificados foram: Morin et al. (2010), Saravia et al. (2012), Rubio-Romero et al. (2013), Niskanen et al. (2013), Balcazar et al. (2013), Milani et al. (2014), Kumar et al. (2014), Ahmed et al. (2014), Chacartegui et al. (2015), Boskovic et al. (2016), Kieffer et al. (2016), Nascimento et al. (2019), Novelli et al. (2019), Gallego et al. (2019), Ornelas-Ferreira et al. (2020), Thanopoulos et al. (2020), Brigagão et al. (2021).
Por meio dos artigos apresentados neste estudo, constatou-se a importância da utilização desta fonte alternativa e renovável de energia. O biogás pode ser incorporado a diversos sistemas termodinâmicos para fins energéticos, além de soluções para o acúmulo de RSU, considerando também a redução dos impactos ambientais. Experiências de sucesso em outras regiões do mundo podem ser estendidas e adaptadas para o Brasil, com benefícios para o governo e para a população. Trazendo vantagens econômicas e ambientais no momento atual, reduzindo a sobrecarga das concessionárias de energia elétrica.
ABNT. 1983. AHMED et al., 2014. BALCAZAR et al., 2013. BOSKOVIC et al., 2016. BRIGAGÃO et al., 2021. CHACARTEGUI et al., 2015. GALLEGO et al., 2019. IEA, 2019. KIEFFER et al., 2016. KUMAR et al., 2014. MILANI et al., 2014. MORIN et al., 2010. MOURAD et al., 2002. NASCIMENTO et al., 2019. NIDONI et al., 2017. NISKANEN et al., 2013. NOVELLI et al., 2019. ONU BRASIL. 2018. ORNELAS-FERREIRA et al., 2020. PEREIRA et al., 2018. RUBIO-ROMERO et al., 2013. SARAVIA et al., 2012. THANOPOULOS et al., 2020.