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Título do Artigo

ANÁLISE SOBRE POLÍTICAS INSTITUCIONAIS PARA O CONSUMO CONSCIENTE DE ÁLCOOL EM CURSOS DE GRADUAÇÃO DA ÁREA DA SAÚDE
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Palavras Chave

Políticas Institucionais
Consumo de Álcool
Universitários

Área

Engema

Tema

Políticas Públicas para a Sustentabilidade

Autores

Nome
1 - Cintia Sonale Rebonatto
- Universidade de Passo Fundo - UPF
2 - Tainara Kaspary
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3 - Carlos Costa
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4 - Adriano Pasqualotti
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Reumo

A difusão do uso de álcool deixou de pertencer à categoria de ‘problema de saúde’, tornando-se um problema de saúde pública, uma vez que o consumo abusivo tem sido recorrente entre adolescentes e estudantes universitários, tornando-se fator de preocupações para a sociedade em virtude de prejuízos físicos, psicológicos e sociais, não somente a quem o consome, mas a todos de seu entorno (ANDRADE; DUARTE; OLIVEIRA, 2010). Os acadêmicos de medicina são reconhecidos como os mais tolerantes ao consumo de bebidas alcoólicas, bem como os que creem ter menor vulnerabilidade ao uso abusivo de álcool.
Tais questões refletem a relevância e necessidade de se identificar a existência de políticas educacionais, ou mesmo medidas ou prestação de informações institucionais com relação ao uso do álcool por parte de IES brasileiras. Para tanto, o objetivo deste estudo é de investigar a existência de políticas direcionadas ao uso consciente de bebidas alcoólicas em IES que oferecem à comunidade cursos de graduação em área de saúde nos Estados do Rio Grande do Sul (RS) e de Santa Catarina (SC).
O estudo mais citado na literatura nacional é o I levantamento nacional sobre o uso de álcool, tabaco e outras drogas entre universitários das 27 Capitais Brasileiras, realizado com 12.711 universitários de IES Públicas e Privadas. Segundo seus resultados, 86% dos acadêmicos utilizaram bebidas alcoólicas em algum momento de suas vidas, 77,3% dos homens e 66,6% das mulheres afirmaram ter consumido álcool nos últimos 12 meses. Ainda, 30% dos universitários foram classificados nas faixas consideradas de risco para o uso moderado a grave de devolver dependência de álcool (ANDRADE et al., 2010).
A presente pesquisa é de delineamento quantitativo, descritivo e corte transversal . O processo de amostragem foi não probabilística. Coletaram-se os dados nos sites de 93 Instituições dos estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina. A análise dos dados foi composta por análises de estatística descritiva (frequência observada e relativa) e inferencial (Teste de Qui-quadrado). Onde se verificou se existia associação entre a categoria da instituição, organização acadêmica da IES, presença de SAEs, pertencer a um dos estados (RS e SC) com o fato de terem sido realizadas campanhas sobre o tema.
Os resultados do teste (?²(1)=7,436; p<0,006), demonstraram que existe a probabilidade de associação estatisticamente significativa entre o fato de haver SAEs na instituição e a adoção de ações direcionadas ao uso consciente de bebidas alcoólicas. Com base na análise dos resíduos ajustados provenientes do teste é possível inferir que há probabilidade de que as IES que possuem o setor tendam ao aumento do número de ações e medidas relativas ao consumo consciente de bebidas alcoólicas.
Ante ao exposto, é possível mencionar que as IES, apesar de lentamente, estejam percebendo a necessidade e a relevância de se trabalhar o tema uso de álcool e seus riscos como uma forma de prevenção. E que esse trabalho se dará à medida que esses setores forem expandidos, dotados de profissionais capacitados para orientar os funcionários, professores e acadêmicos sobre os riscos envolvidos no uso indevido de álcool. Mesmo sendo referidos na literatura acadêmica como uma população suscetível ao uso abusivo de álcool, ao que tudo indica os acadêmicos não recebem esclarecimentos nas suas IES.
ANDRADE, A.; DUARTE, P.; OLIVEIRA, L. I Levantamento nacional sobre o uso de álcool, tabaco e outras drogas entre universitários das 27 capitais brasileiras. Brasília: SENAD; 2010.