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Título do Artigo

UM OLHAR PARA AS AÇÕES DE RESPONSABILIDADE SOCIAL CORPORATIVA DE UMA EMPRESA BRASILEIRA DO SETOR DE COSMÉTICOS: Modos de atuação em relação à sua colaboração para o processo de Inovação Social
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Palavras Chave

Responsabilidade Social Corporativa
Design para inovação social e sustentabilidade
Soluções Habilitantes

Área

Engema

Tema

Inovação para a Sustentabilidade

Autores

Nome
1 - Joana Cardozo de Moura
Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow - CEFET/RJ - Maracanã
2 - Marco Antonio Barbosa Braga
-

Reumo

Devido à crescente acumulação dos problemas socioambientais, algumas empresas estão buscando integrar a Inovação Social como parte de suas iniciativas de Responsabilidade Social Corporativa. A maioria das iniciativas são filantrópicas e assistenciais, observa-se uma necessidade de práticas facilitadoras, voltados para a construção de capacidades e competências na sociedade em que atuam. Este artigo visa compreender como, e se, as grandes empresas colaboram para o fluxo de Inovação Social, analisando as ações da empresa Natura e identificando os modos de atuação da empresa com a comunidade.
Como, e se, as grandes empresas colaboram para o fluxo de Inovação Social, tendo, portanto, uma atuação mais profunda com a comunidade em que atua e com a sociedade em geral. A evolução dos casos de inovação social indica que sua possibilidade de existência à longo prazo, ou até mesmo de nascimento, depende de mecanismos complexos. Ezio Manzini (2008) distingue os tipos de interações entre atores/agentes em três tipos: interações “de baixo para cima” (bottom-up), “entre pares” (peer-to-peer) e “de cima para baixo” (top-down).
Utilizamos como base teórica o conceito de Design para Inovação Social e Sustentabilidade, no qual um dos elementos fundamentais é a proposição de soluções habilitantes/facilitadoras como ferramentas de transformação/mudança. São contextualizados os principais eixos teóricos abordados neste estudo, o conceito de responsabilidade social corporativa e o conceito de inovação social, visto como um processo.
A metodologia da pesquisa se fez em três etapas: 1) coleta e primeira análise dos dados, 2) exploração do material e 3) tratamento dos resultados e interpretação. No total, foram coletados e analisados 10 documentos, referentes ao ano de 2020 e 2021. Foram identificadas um total de 65 ações, com base nas três causas na qual a empresa atua, são elas: “Amazônia Viva”, “Cada Pessoa Importa” e “Mais Beleza, Menos Lixo”. E por fim, as ações foram enquadradas em três diferentes modos de atuação possíveis, são eles: Assistencial e/ou Emergencial, Projetando Em Conjunto e Projetando Para Comunidade.
No total, das 65 ações identificadas no Relatório Anual Natura 2020, 69% são ações assistenciais e/ou emergenciais, 23% são ações que projetam práticas e soluções em conjunto com a comunidade e 8% são ações que projetam práticas e soluções para a comunidade. Observamos que a empresa possui uma atuação que vai além do assistencial e/ou emergencial junto com a comunidade na qual ela atua, possuindo ações também em conjunto com a comunidade e para a comunidade, o que indica conceber e desenvolver soluções habilitantes para as iniciativas, projetando para a comunidade.
A pesquisa reforça que soluções habilitantes podem ser concebidas em diferentes escalas e que decisões “de cima para baixo” (top-down) e “entre pares” (peer-to-peer) são necessárias para dar suporte e criar um ambiente que facilite a existência de casos de inovação social (MANZINI, 2008). Concluímos que as grandes empresas podem colaborar com o processo de inovação social, ajudando a criar ambientes favoráveis que empoderem os casos de Inovação Social e que precisamos de estruturas capazes de promover a inovação social, capacitando o agente para agir e pensar reflexivamente.
MANZINI, Ezio. Design para a inovação social e sustentabilidade (LIVRO): Comunidades criativas, organizações colaborativas e novas redes projetuais. Editora E-papers, 2008.