Resumo

Título do Artigo

O PAPEL DAS CIDADES NA ADAPTAÇÃO DAS CONSEQUÊNCIAS DO ANTROPOCENO: A CIDADE DE ALFENAS (MG)
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Tema

Operações sustentáveis e Economia Circular

Autores

Nome
1 - Ana Paula Silva dos Santos
UNIFAL Universidade Federal de Alfenas - Instituto de Ciências Sociais Aplicadas, curso de Economia Responsável pela submissão
2 - Larissa Lemos Dias
-
3 - Fernando Batista Pereira
UNIFAL Universidade Federal de Alfenas - Insituto de Ciências Sociais Aplicadas

Reumo

O trabalho objetiva propor quais devem ser as perguntas norteadoras para um futuro possível, dado o cenário instável do Antropoceno, destacando o papel da Secretaria do Clima, Sustentabilidade e Inovação Social de Alfenas, e seu projeto “Movimento Reflorestar Alfenas: pensar global, agir local”. Para isso, foi utilizado da metodologia descritiva e de ensaio teórico, explicitando as ações da Secretaria do Clima de Alfenas e instigando a reflexão sobre a atuação das cidades, além da análise das ferramentas do EPS Brasil e da SEEG na proposição de políticas, com foco na cidade de Alfenas.
O problema de pesquisa se pauta na indagção de como a cidade de Alfenas pode atuar na mitigação das consquências climáticas impulsionadas pelo Antropoceno. O objetivo primeiro do trabalho é a proposição de quais devem ser as perguntas direcionadoras para que se tenha um futuro humanamente possível, o que acarreta no atendimento das necessidades básicas e respeito aos limites planetários, com foco nas cidades, visto a preponderância desta no modo de vida contemporâneo. Portanto, um primeiro passo é o desenvolvimento de ações políticas como a Secretaria do Clima de Alfenas.
O Antropoceno e a nova época instável e com a ação humana como o principal vetor de mudanção do sistema solar (VIOLA; BASSO, 2016). Passa-se pelo relatório The limits to Growth e Conferências do Meio Ambiente, a Agenda 2030, os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS), as Agendas Urbanas (NAU) para ressaltar a necessidade de ação mitigadora do cenário atual. Ademais, respalda-se no Creating City Portraits (2020) para destacar a centralidade das cidades no debate em questão. As políticas destacadas pelo EPS Brasil auxiliam na proposição de prioridades de ação da Secretaria e das cidades.
A metodologia do trabalho se fundamenta em uma pesquisa descritiva (RODRIGUES, 2007; FONTELLES, 2009), respaldada na revisão bibliográfica acerca dos principais conceitos abordados, já que a Prática Baseada em Evidências proporciona a incorporação das evidências na prática organizacional que pode ser feita com o uso de métodos de coleta, categorização, avaliação e síntese dos resultados de pesquisa do tema investigado (BOTELHO; DE ALMEIDA CUNHA; MACEDO, 2011). Ademais, tem-se o formato de ensaio teórico, que visa a busca das perguntas que cercam mais profundamente o tema (MENEGHETTI, 2011).
Foi possível observar o aumento da emissão de GEE de Alfenas a partir de 2017, tendo o setor de Mudança de Uso da Terra e Florestas um forte aumento de emissões após 2016, tal impacto ocorre na região primordialmente pela mudança do uso do solo na Mata Atlântica (SEEG, 2022). De acordo com o EPS Brasil, políticas no âmbito da Agricultura, Florestas e Outros Usos da Terra são altamente positivas na diminuição de emissão de GEE e auxilia na aproximação das Metas do Acordo de Paris. Ademais, foi possível constatar o caráter sistêmico e de mitigação climática nas ações da Secretaria do Clima.
O Antropoceno insurge a necessidade de redirecionamento da sociedade para um desenvolvimento mais justo e sustentável em suas mais diferentes esferas, sendo as Secretarias do Clima, com sua ação canalizadora das principais discussões das Conferências do Meio Ambiente, da Agenda Urbana e dos ODS, um início para tanto. Além disso, as políticas no âmbito da Agricultura, Florestas e Outros Usos da Terra devem ser priorizadas dado seu impacto positivo de redução dos GEE. Sugere-se ainda uma adaptação do EPS em âmbito municipal, para que se tenha uma atuação local com impacto global.
BOTELHO, Louise L. R.; DE ALMEIDA CUNHA, Cristiano C.; MACEDO, Marcelo. O método da revisão integrativa nos estudos organizacionais. Gestão e sociedade, v. 5, n. 11, p. 121-136, 2011. FONTELLES, Mauro J. et al. Metodologia da pesquisa científica: diretrizes para a elaboração de um protocolo de pesquisa. Revista paraense de medicina, v. 23, p. 1-8, 2009. MENEGHETTI, Francis K. O que é um ensaio-teórico?. Revista de administração contemporânea, 2011. SEEG Municípios. Disponível em: . Acesso em: 31 mar. 2022. EPS BRASIL. Brazil Energy Policy Simulator. Acesso em: 31 mar. 2022