Resumo

Título do Artigo

PROPOSTAS PARA AVALIAÇÃO DA EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA CURRICULAR NO PLANEJAMENTO DOCENTE
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Tema

Educação e Sustentabilidade

Autores

Nome
1 - Luciane Duarte da Silva
Universidade Metodista de São Paulo - Rudge Ramos
2 - ALMIR MARTINS VIEIRA
Universidade Presbiteriana Mackenzie - PPGA Responsável pela submissão

Reumo

A partir da publicação da Resolução nº 7, de 2018 (Resolução CNE/CES 7/2018), que trata das diretrizes da Extensão Universitária, regimenta o disposto na Meta 12.7 da Lei nº 13.005/2014, que aprova o Plano Nacional de Educação – PNE 2014-2024. Uma das principais questões anunciadas pela legislação brasileira institui a obrigatoriedade de todos os cursos de graduação possuírem, no mínimo, 10% (dez por cento) do total da carga horária curricular dedicada às atividades de extensão (BRASIL, 2018).
O presente estudo apresenta a seguinte questão problematizadora: “quais são as possibilidades de avaliação das ações de Extensão que podem ser utilizadas como referências por professores nas Instituições de Ensino Superior no processo de orientação das ações extensionistas curriculares”? Assim, objetivo geral deste estudo é redimensionar o planejamento da prática docente, indicando possibilidades de avaliação das ações de Extensão que podem ser utilizadas como referência por docentes das Instituições de Ensino Superior, contemplando seus principais fundamentos, conceitos e construção teórica.
Notadamente a partir da década de 90, com a criação dos fóruns nacionais de extensão universitária das universidades públicas (FORPROEX), comunitárias (FOREXT) e particulares (FOREXP) é ampliado o fortalecimento sobre o conceito e a operacionalização da extensão no cotidiano dos cursos e no processo de formação de nível superior. Ao longo dos anos, um maior rigor em relação ao lugar da extensão foi exigido e o diálogo sobre o tema culminou em uma legislação publicada em 2018 em que alguns avanços foram possíveis e algumas diretrizes tornaram-se comuns a todas as instituições de ensino.
Assume-se abordagem qualitativa, por meio de pesquisa exploratória, bibliográfica e documental para compor o seu percurso metodológico. Considerando o material utilizado como fonte de investigação, este trabalho assume caráter de pesquisa documental, em proposta voltada a identificar os documentos presentes na literatura que indicam caminhos para a avaliação da extensão universitária assim como a análise de legislação específica (no caso deste estudo, três documentos) que exige das instituições uma reorganização de seus documentos institucionais, amplo diálogo acadêmico e de gestão.
Além das diretrizes, outro ponto de fundamental importância é sistematizar as ações de extensão curriculares em processos sistêmicos institucionais, ou seja, as ações extensionistas devem ser centralizadas em grandes programas e projetos, para que todas as ações estejam de alguma forma integradas, evitando-se assim ações desvinculadas de processos atrelados aos Projetos Pedagógicos de Curso (PPC), Projeto Pedagógico Institucional (PPI) e Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI), conforme preconiza a referida resolução (FORPROEX).
A extensão universitária impacta a formação profissional e cidadã dos estudantes que, ao terem contato com problemas reais da sociedade, também se conscientizam para além dos aspectos técnicos da profissão escolhida, com maior comprometimento social, seja de forma pessoal ou institucional, sendo que tal fenômeno terá influência em seu papel profissional nas organizações em que atuarão. As diretrizes do FORPROEX (2012), FOREXT (2013) e Resolução nº7 de 2018 (Brasil, 2018) juntas e indissociáveis, se mostram como caminho possível para que sejam consideradas no planejamento docente.
BRASIL. Congresso Nacional. Senado. Resolução nº 7, de 18 de dezembro de 2018. CNE/CES. Diretrizes para as Políticas de Extensão da Educação Superior Brasileira. MEC, 2018. FÓRUM DE PRÓ-REITORES DE EXTENSÃO DAS UNIVERSIDADES PÚBLICAS - FORPROEX. Política Nacional de Extensão Universitária. 2012. FÓRUM NACIONAL DE EXTENSÃO E AÇÃO COMUNITÁRIA DAS UNIVERSIDADES E IES COMUNITÁRIAS - FOREXT. Extensão nas Instituições Comunitárias de Ensino Superior: Referenciais para a Construção de uma Política Nacional de Extensão nas ICES. Universidade do Vale de Itajaí: Santa Catarina, 2013.