Este artigo objetiva refletir sobre o estresse ocupacional e a saúde mental como preceito de bem-estar do profissional de tecnologia da informação. O estudo compreende resultados parciais de um projeto de pesquisa e iniciação cientifica do Centro Universitário SENAC, intitulado Estudo de caso sobre o profissional de TI: um olhar sobre o estresse laboral de indivíduos que trabalham na área saúde e de alunos do Centro Universitário Senac campus Santo Amaro. (nosso grifo). Vale enfatizar que os problemas por saúde mental ocupam o 2.º lugar em motivos de afastamento do trabalho no Brasil.
Como situação problema foi discutido: A prevenção do estresse ocupacional do profissional de TI promove melhores índices de saúde e/ou bem-estar desse trabalhador?
Nesse sentido, destaca-se que o estresse ocupacional pode gerar doenças do trabalho, como por exemplo, a síndrome burnout caracterizada como uma resposta ao estresse laboral crônico, que incapacita do trabalhador, pois apresenta-se com perda de memória, medo exacerbado das atividades profissionais, problemas fisiológicos e desanimo entre outros aspectos (CODO; VASQUES-MENEZES, 1999).
No contexto das organizações, os profissionais da Tecnologia da Informação (TI) exercem papel relevante, uma vez que são responsáveis pela sustentação de toda a infraestrutura tecnológica e pela manipulação das informações, que são essenciais para a tomada de decisões. Por esse motivo, esses profissionais precisam ter conhecimentos globais da organização e serem altamente qualificados e experientes em sua área. Nesse sentido, O estresse é um processo psicológico e a compreensão dos eventos estressantes é afetada por variáveis cognitivas.
A metodologia compreendeu o método misto com revisões bibliográficas na primeira etapa e, posteriormente, a aplicação de questionário semi-estruturado para estudantes e/ou profissionais de TI. A coleta ocorreu em ambiente natural e por meio também de pesquisa exploratória.
Os resultados obtidos demonstraram que posterior o período de isolamento social devido a pandemia do COVIDE-19, os investigados passam ainda por um período de adaptação quanto ao trabalho na modalidade híbrida, fator que pode ter acarreta contexto laborais, às vezes, em processo de organização paulatina, horas extras frequentes e líderes também despreparados para essa realidade. Aspectos que corroboram para o acometimento do estresse ocupacional somados aos fatores que já perpassam usualmente pelo ambiente de TI como, prazos apertados para projetos e metas arrojadas.
Como contribuição tecnológica e social destaca-se o delineamento desse novo contexto do aluno profissional de TI e, consequentemente, a ampliação da literatura sobre o tema. Aspecto relevante, haja vista, que com os resultados será possível a criação de novas práticas e políticas prevencionistas para controle do estresse ocupacional e, portanto, a promoção de melhores índices de saúde mental desses profissionais.
CODO, W.;VASQUES-MENEZES S., I. (1999). O que é burnout? Em W. Codo (Org.), Educaç?o: Carinho e trabalho (pp. 237-255). Rio de Janeiro: Vozes.
Garcia, M. S. O., Cabeza, I. G., & Fernandez, L. M. (1998). burnout en profesionales de salud mental. Anales de Psiquiatria,14(2), 48-55.
STACCIARINI, Jeanne Marie R.; TRÓCCOLI, Bartholomeu T. O estresse na atividade ocupacional do enfermeiro. Revista Latino-Americana de Enfermagem, v. 9, p. 17-25, 2001.
STAIR; V.; REYNOLDS, J. Princípios de sistemas de informação. 11 Ed. Nova York, 2015.
Site oficial: Ministério da Previdência Social.