Resumo

Título do Artigo

Ecodesign: mapeamento do estado da arte e do estado da técnica em busca de avanços e temporalidades
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Tema

Inovação para a Sustentabilidade

Autores

Nome
1 - Isabel Grunevald
Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC) - Programa de Pós-Graduação em Tecnologia Ambiental Responsável pela submissão
2 - Alessandra de Quadros
Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC) - UNISC
3 - LIANE MAHLMANN KIPPER
Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC - Universidade de Santa Cruz do Sul
4 - Jorge André Ribas Moraes
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Reumo

A busca por tecnologias limpas e sua introdução nos processos e produtos industriais é um importante marco do desenvolvimento sustentável. O processo de adequação tecnológica ao ambiente natural, que visa superar modos de produção e consumo insustentáveis, tem base nas ações de redução, reutilização, reciclagem e incineração de resíduos, assim como na implantação de monitoramento nos locais de disposição dos mesmos (JABBOUR; NASCIMENTO, 2010). Para Schenini e Nascimento (2002) são todas as tecnologias utilizadas na produção de bens e serviços que não causam impactos negativos ao meio ambiente.
Neste trabalho nos propomos responder o seguinte problema de pesquisa: “Quais as relações existentes entre o estado da arte e o estado da técnica em ecodesign?”. Tendo em vista a relevância do tema, o objetivo deste estudo foi correlacionar o estado da arte encontrado em artigos científicos e o estado da técnica disponível em um banco de patentes buscando entender os principais periódicos, autores, países e áreas que publicam sobre ecodesign, avanços e as temporalidades.
O termo ecodesign, definido pela primeira vez em 1971 por Victor Papanek, aborda a atuação do design na tarefa de reduzir os impactos de um produto, incluindo o meio ambiente como um elemento a ser considerado em igual peso nas decisões de projeto (MOYSÉS; FILHO; MENDONÇA, 2019). Apresenta um conjunto de potenciais benefícios para o negócio, como aumento do potencial de inovação, desenvolvimento de novos mercados e modelos de negócios, redução do passivo ambiental, riscos e custos, melhoria da marca organizacional e conformidade legal, entre outros (RODRIGUES; PIGOSSO; MCALOONE, 2016).
A metodologia utilizada foi exploratória, quando se busca por meio dos seus métodos e critérios, uma proximidade da realidade do objeto estudado. Para este trabalho define-se como estado da arte as informações científicas disponíveis em trabalhos científicos e/ou acadêmicos, enquanto o estado da técnica representa os resultados de produtos ou processos tecnológicos, disponíveis em bancos de patentes.
Avaliamos no trabalho os resultados alcançados no estado da arte, através da base de periódicos, e do estado da técnica, a partir de em banco de patentes, com referência ao uso termo ecodesign. A busca do estado da arte na base Scopus, relacionado os termos “ecodesign and patentes” resultou 179 documentos, sendo que primeiro trabalho é de 1998. No que se refere ao estado da técnica, utilizamos a base de patentes do European Patent Office (EPO), Espacenet, utilizando o termo “ecodesign”, resultando em 213 processos, cujo mais antigo é de origem japonesa e data de 2000.
Foi possível verificar que não existem ocorrências comuns quanto aos principais inventores para patentes e autores de trabalhos científicos publicados. No que se refere ao tempo, observamos que há um breve espaço de tempos entre as datas de publicação, os pedidos de patente incrementaram suas publicações em 2009, enquanto a produção científica em 2013. Assim, observa-se que o sistema de produção científica e as patentes percorrem tempos diferentes, quando nos parece que a produção tecnológica, protegida através do sistema de patentes indica uma iniciativa preliminar.
JABBOUR, P. C.; NASCIMENTO, D. T. Tecnologias ambientais: em busca de um significado. Revista da Administração Pública. v. 44, n. 3, 2010. MOYSÉS, M. M. et al. Roda estratégica do ecodesign aplicada a um produto gráfico impresso. Design e Tecnologia, v. 9, n. 17, 2019. RODRIGUES, V. P. et al. Process-related key performance indicators for measuring sustainability performance of ecodesign implementation into product development. Journal of Cleaner Production, v. 139, 2016. SCHENINI, P. C.; NASCIMENTO, D. T. Gestão Pública Sustentável. Revista de Ciências da Administração, v. 4, n. 8, 2002.