Resumo

Título do Artigo

DESEMPENHO DE FUNDOS DE INVESTIMENTO SUSTENTÁVEL EM TEMPOS DE CRISE
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Tema

Finanças Sustentáveis

Autores

Nome
1 - Jessica Aparecida Alves Silveira
Universidade Federal Rural de Pernambuco - Unidade Acadêmica de Serra Talhada Responsável pela submissão
2 - Tricia Thaíse e Silva Pontes
Universidade Federal Rural de Pernambuco - Unidade Acadêmica de Serra Talhada - Unidade Acadêmica de Serra Talhada

Reumo

A sustentabilidade vem sendo cada vez mais discutida em todas as dimensões da sociedade. Isso porque a falta de água, poluição, enchentes, furacões e mudanças climáticas em decorrência do aquecimento global deixaram de ser apenas possibilidades e se tornaram acontecimentos reais. Agora, não só pesquisadores e especialistas falam sobre o assunto, mas também o cidadão comum, o trabalhador, o estudante, o político, o artista e o investidor que dentro da sua própria realidade, buscam por alternativas para reverter o quadro em que o planeta se encontra e o que será deixado para as gerações futuras.
Em momentos de crise ou cenários pessimistas, os Fundos de Investimento Sustentável apresentam segurança e desempenho superiores em relação ao índice do mercado de renda variável (IBOVESPA) e ao Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE)? Com o intuito de responder a esta indagação, realizou-se a análise da relação de risco e retorno de 23 Fundos de Investimento Sustentável em relação ao ISE e ao IBOVESPA para o período de janeiro de 2018 a dezembro de 2021.
O tema ambiental avançou de modo a alcançar várias dimensões do crescimento econômico, que, a despeito da enorme afluência mundial, revelou as duas falácias da revolução industrial: a primeira, de que o crescimento econômico, a qualquer custo, é sempre um bem; e a segunda, de que os recursos naturais abundantes e inesgotáveis atenderiam às necessidades e à cobiça humana. Com o tempo, a consciência crítica foi mostrando que a história da Humanidade chegava a uma encruzilhada: ou mudava de rumo ou entrava em choque com os limites biofísicos do planeta. (KRAUSE, 2021).
Para a concretização do objetivo proposto, foi realizada uma pesquisa descritiva de natureza quantitativa. A partir dos dados diários coletados, foram calculados o retorno médio diário para cada um dos 23 Fundos de Investimento Sustentável, assim como para o ISE, IBOVESPA e taxa Selic, que serviram como base para o cálculos dos indicadores de desempenho (índice de Sharpe, Treynor e Beta do CAPM). Além disso, foram aplicados testes estatísticos t e de Wilcoxon para verificar diferença de médias e comprovar a significância estatística dos resultados.
Os resultados indicaram que os Fundos de Investimento Sustentável apresentaram retornos semelhantes ao ISE e IBOVESPA, alguns, inclusive superando-os no primeiro período, mas demonstrando uma lenta recuperação no segundo período analisado. Entretanto, esta diferença não se mostrou estatisticamente significativa. Além disso, os fundos se mostraram menos arriscados e voláteis em ambos os períodos, apresentando um desvio padrão e coeficiente Beta inferiores em relação ao IBOVESPA.
Em geral, os fundos demonstraram retornos e uma relação de risco e retorno superior ao IBOVESPA no primeiro período analisado, no entanto, essa diferença não se mostrou estatisticamente significante. Além disso, os resultados indicaram que, nos períodos analisados, os Fundos de Investimento Sustentável não ofereceram retornos satisfatórios em relação ao risco ao qual o investidor foi exposto.
ANBIMA. Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais. “ANBIMA define critérios para identificar fundos sustentáveis”. 01 out. 2021. Disponível em: . Acesso em: 13 ago. 2022. ANBIMA. Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais. “Quem Somos”. Disponível em: . Acesso em: 13 ago. 2022. ASSAF NETO, A. Mercado Financeiro. 15ª ed. Barueri, SP: Atlas. Instituto A